Um cara de equipe. Tido como arrogante pela imprensa, mas muito querido pelos colegas de trabalho. Alicia Klein desvenda o mito Michael Schumacher no livro A máquina: Michael Schumacher, o melhor de todos os tempos. ;Primeiro, pensei que fosse uma simpatia nervosa: o garoto novato sentindo o terreno, se esforçando, dizendo ;oi; para pessoas de quem ele nem se lembraria no dia seguinte. Mas ele se lembrava;, contou o ex-mecânico da Benetton, Steve Matchett, que conviveu com o heptacampeão mundial de Fórmula 1.
A primeira publicação brasileira sobre o piloto alemão narra a trajetória de Schumacher desde a infância pobre em Kerpen, pequena cidade no oeste da Alemanha, o início na Fórmula 1, os bastidores dos 15 anos de sua carreira na principal categoria do automobilismo e segue até sua aposentadoria em 2006. A obra mostra a face querida de Schumacher, mas também traz curiosidades sobre o mundo da F1.
Klein fala, também, da importância de Spa na vida do heptacampeão. Há 18 anos, em 23 de agosto de 1991, o circuito belga Spa-Francorchamps foi o palco da estreia do jovem piloto. Aos 22 anos, Michael Schumacher assumiu o bólido 32 da Jordan, após a prisão do titular Bertrand Gachot ; o belga se envolvera numa briga de trânsito em Londres e acabou condenado a seis meses de reclusão.
Um título da F3 alemã era a única experiência de Schumacher em monopostos. Mas seu empresário Willi Weber convenceu Eddie Jordan com sua conversa e 300 mil dólares a dar uma chance ao jovem tedesco. Weber garantiu que o calouro conhecia o circuito belga. Não mentiu. Apenas não explicou que Schumacher havia andado no traçado de bicicleta.
Foi uma estreia impressionante;pelo menos nos treinos de classificação. O alemão largou em sétimo. Mas na corrida, sua Jordan o deixou na mão logo na primeira volta, com a embreagem quebrada. Essa foi também a única corrida de Schumacher pela escuderia. Alguns dias depois, ele já havia sido contratado pela Benetton.
Um ano depois, em 30 de agosto de 1992, o piloto de Kerpen mais uma vez foi a estrela de Spa. Largando em terceiro, atrás de Nigel Mansell e Ayrton Senna, Schumacher manteve sua posição. A chuva, que começou logo na terceira volta e custou a Senna o segundo lugar, garantiu ao alemão a sua primeira vitória na categoria. Na 30; volta, Schumacher mostrou seu jogo de estratégia, se antecipou aos demais para colocar novamente pneus de pista seca e, quando Mansell entrou nos boxes quatro voltas depois, assumiu a posição que tanto frequentaria nos anos subsequentes.
Barrichello em quarto
O treino de classificação para o Grande Prêmio da Bélgica teve uma das maiores surpresas do Mundial até agora. O italiano Giancarlo Fisichella, a bordo da Force India, conseguiu uma inusitada pole position em Spa-Francorchamps, e vai sair na frente na corrida que terá largada hoje, às 9h.
Fisichella assegurou a liderança com o tempo de 1min46s308. O compatriota Jarno Trulli, com a Toyota, confirmou o bom desempenho nos treinos livres e vai sair em segundo lugar. Nick Heidfeld largará em terceiro, e Rubens Barrichello, vice-líder do campeonato, ficou com a quarta posição. O líder da temporada, o inglês Jeson Button, largará, na 14; posição. Pole do GP da Europa, em Valência, Lewis Hamilton ficou fora da superpole. O atual campeão do mundo não conseguiu repetir o bom desempenho da sexta-feira e sai na 12; posição neste domingo. A McLaren, aliás, não teve os resultados esperados neste treino, já que Heikki Kovalainen, outro piloto do time, só conseguiu a 15; posição no grid.
Fernando Alonso, da Renault, confirmou a má fase da equipe francesa. O espanhol, bicampeão do mundo em 2005 e 2006, só conseguiu a 13; posição no treino classificatório.