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Com velho parceiro na Yamaha, Rossi diz: 'Vida longa ao muro'

Os meses de especulações envolvendo Jorge Lorenzo, Yamaha, Honda, Ducati e Suzuki acabaram na última terça-feira, e o espanhol permanecerá em sua atual equipe pelo menos até 2010. A notícia, na verdade, não agradou muito a Valentino Rossi, que comentou a decisão do jovem garantindo que o "muro" que separa as atividades dos dois companheiros continuará de pé. "Vida longa ao muro, sorte que isso existe", cravou Rossi, em conferência de imprensa às vésperas do Grande Prêmio de Indianápolis da MotoGP. No último dia 15, o italiano já havia lamentado a decisão da Repsol Honda de manter Dani Pedrosa e Andrea Dovizioso, dizendo que uma eventual contratação de Lorenzo daria mais competitividade à categoria. As declarações do hexacampeão do mundo também podem ser interpretadas de outra forma: ao lado do espanhol, ele tem pela primeira vez um concorrente direto dentro de seu próprio time desde que se transferiu à Fiat Yamaha, em 2004, sendo que na Honda também não tinha o costume de dividir atenções com outro piloto de ponta. De qualquer forma, Rossi garante não ter nada contra Lorenzo, ainda que tenha entrado em desavenças com o espanhol em julho, quando ganhou na Alemanha e classificou o parceiro como "presunçoso". "Creio que tenha feito a escolha mais inteligente. Neste momento a Yamaha não é a moto mais veloz, mas é aquela com melhores acerto e velocidade nas curvas".