Jornal Correio Braziliense

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As traves do Morumbi voltam para o dono

Rogério Ceni estreia na competição hoje depois de ficar quatro meses afastado do São Paulo. Retorno será contra o desesperado Fluminense

Dos 36 anos de idade e 19 de carreira no São Paulo, os últimos quatro meses foram sem dúvida os mais difíceis. Acostumado a ser titular e até protagonista nas partidas do tricolor, o goleiro, capitão e ídolo são-paulino Rogério Ceni esteve fora de cena desde abril. Sem poder se mexer, na cama, assistiu a seu time ser eliminado da Libertadores, entrar em crise e trocar de técnico. Curiosamente, quando Ceni voltou a treinar com bola, há quatro semanas, o São Paulo disparou rumo ao G4. Mas a espera finalmente acabou. Contra o Fluminense, hoje, às 21h50, o goleiro volta a ocupar o seu lugar favorito, sob as traves do Morumbi. A TV Globo anuncia a transmissão. A tarefa de Rogério Ceni não parece ser das mais complicadas. O Fluminense está afundado na zona de rebaixamento e tem um dos piores ataques da competição - 21 gols em 19 partidas. Mesmo sabendo da baixa eficácia ofensiva do rival, Ceni não esconde o nervosismo por voltar depois de tanto tempo. "Sinto um frio na barriga, sim", confessa. Ontem, o jogador treinou até debaixo de chuva. Realizou todos os movimentos exigidos durante uma partida e ensaiou cobranças de pênalti. Não sentiu nenhuma dor. "Me sinto muito bem por estar voltando. Nunca tinha ficado tanto tempo fora." Humilde, Ceni comemora o fato de encontrar o São Paulo em uma boa fase. "Eu sou mais um que vem para fortalecer o grupo, só mais um cara que vai ajudar os outros atletas." Para Ceni, a união do grupo é fundamental, e Ricardo Gomes, o maior responsável pelo retorno da alegria e das vitórias ao Morumbi. O Fluminense também deve ter novidades debaixo das suas traves hoje. Insatisfeito com a apatia do time na derrota por 3 x 1 para o Coritiba, domingo, no Maracanã, o técnico Renato Gaúcho escalou ontem o time no 3-5-2 com Edcarlos, Cássio e Luiz Alberto na zaga, e uma novidade no gol: Rafael no lugar de Fernando Henrique. O goleiro substituto foi o destaque tricolor no empate por 0 x 0 com o Flamengo, semana passada, pela Copa Sul-Americana, mas não esperava ganhar a vaga tão cedo. Antes da partida contra o Coxa, chegou a afirmar que a camisa 1 era de Fernando Henrique e que ele aguardaria pacientemente sua chance. Pois parece que ela chegou e justamente em um dos jogos mais complicados para o Fluminense. Os dois tricolores abriram a temporada de 2009 do Campeonato Brasileiro, em 10 de maio, no Maracanã, com triunfo dos cariocas por 1 x 0. Reforços a caminho Com mais de 20 jogadores contratados, o Fluminense anunciou outro reforço: o volante equatoriano Urrutia, 31 anos, ex-capitão da LDU, que derrotou o tricolor na final da Libertadores, em 2008, e que fora descartado pelo Fluminense na última semana. Ele deve chegar ao Brasil hoje, fazer exames médicos e assinar por dois anos. A diretoria negocia ainda com os meias argentinos Romangnoli, que não teria acertado salários com o San Lorenzo, e Castromán, do Racing. O zagueiro Gum, ex-Ponte Preta, foi aprovado nos exames e será apresentado em breve.