A Estônia será o palco e o adversário no amistoso que abrirá a temporada rumo à Copa do Mundo da seleção brasileira, nesta quarta-feira, às 14h15 (de Brasília), na Le Coq Arena, em Tallinn. Dos 22 convocados, 19 atuam na Europa. Ramires (Benfica) e Nilmar (Villarreal) se despedem o futebol brasileiro e só Diego Tardelli (Atlético-MG) permanece em campos nacionais. Agora, o desejo do grupo é descansar apenas depois de junho do ano que vem, mês do Mundial da África do Sul, de preferência com o hexacampeonato no currículo.
A exibição do time canarinho na ex-república soviética será ainda a primeira depois do título da Copa das Confederações, que garantiu a permanência do técnico Dunga no banco de reservas até a Copa, e a última antes do aguardado clássico contra a Argentina, marcado para o dia 5 de setembro, em Rosário, pelas Eliminatórias qualificatório. A quatro rodadas do fim do torneio, o Brasil lidera com 27 pontos e pode carimbar o passaporte para a Copa já no próximo mês.
[SAIBAMAIS]
Diante dos bons resultados recentes, não foi apenas o treinador que se firmou na seleção: "A base para o Mundial já está montada", admitiu Jorginho, auxiliar do capitão do tetra, com uma ressalva. "A experiência mostra que não podemos fechar as portas para ninguém na seleção brasileira. Até a última convocação ou o último dia haverá oportunidade para todos". Oportunidade como a recebida pelo lateral esquerdo Filipe e o atacante Diego Tardelli, os dois estreantes da seleção na Estônia.
"O mais difícil foi chegar até aqui, agora o mais importante é se manter, ter as oportunidades e, se tiver de entrar por cinco ou dez minutos, agarrar. A Copa do Mundo está aí e vou fazer de tudo para estar no grupo", assegurou o artilheiro atleticano. Tardelli ganhou a vaga de Alexandre Pato, que parece não ter agradado a Dunga. Já Filipe, do La Coruña, foi convocado depois do corte de Marcelo, do Real Madrid, e briga por uma vaga na lateral esquerda, setor que mais preocupa o técnico, com André Santos.
Com a maioria dos jogadores voltando de férias, Dunga deverá fazer muitas substituições durante a partida ante os estonianos. O time titular, porém, terá a base da campanha vitoriosa na Copa das Confederações, com Elano no lugar do lesionado Ramires no meio-campo.
Festa vazia: Para os donos da casa, o jogo desta quarta-feira é histórico e lembrará os 100 anos do primeiro jogo de futebol realizado no país. A seleção, porém só surgiu em 1992, após a extinção da União Soviética. O clima de festa não parece ter contagiado os torcedores. Até terça-feira, ainda haviam ingressos para o amistoso no estádio Le Coq, que só tem capacidade para receber 12 mil pessoas (será o menor público da Era Dunga).
"É uma festa grega, né? A festa é para os outros, nós temos que trabalhar, temos que servir", resmungou o treinador, que minimiza a qualidade do adversário. A Estônia é a 112ª colocada do ranking da Fifa e ocupa apenas a quinta colocação de seu grupo nas Eliminatórias europeias, sem ter mais chances de classificação ao Mundial. "É um time desconhecido, não sei nada, para ser sincero. Mas vamos fazer o melhor e buscar mais uma vitória para a seleção", prometeu o atacante Robinho.
O principal destaque da equipe comandada pelo técnico Tarmo Ruutli é o zagueiro Ragnar Klavan, que defende o AZ Alkmaar, atual campeão holandês, e não se mostra nada otimista para o duelo. "Nosso objetivo é não deixar que a diferença de gols seja grande. O Brasil tem a melhor seleção do mundo e não vai ser fácil pra nós", previu.
FICHA TÉCNICA
ESTÔNIA X BRASIL
Local: Le Coq Arena, em Tallinn, Estônia
Data: 12 de agosto de 2009, quarta-feira
Horário: 14h15 (de Brasília)
Árbitro: Martin Ingvarsson (Suécia)
ESTÔNIA: Pareiko; Jääger, Piiroja, Klavan e Bärengrub; Vunk, Dmitrijev, Purje e Vassiljev; Viikmäe e Zenjov
Técnico: Tarmo Ruutli
BRASIL: Julio César; Maicon, Lúcio, Juan e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano
Técnico: Dunga