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Liberto da prisão, ala dos Nuggets desabafa: 'Não pertenço a gangues'

Os '24 dias mais duros' da vida de J.R. Smith, passados em uma cadeia de Nova Jersey, já ficaram para trás, e agora o jogador do Denver Nuggets quer começar uma nova vida e provar que não é um bandido como acabou definido pela imprensa norte-americana nos últimos meses. Se no fim de maio Smith decidia junto com os Nuggets o título da Conferência Oeste da NBA, perdido para o Los Angeles Lakers, julho não foi nem de perto tão saboroso para o ala. Considerado culpado por um acidente de carro que em 2007 matou um de seus melhores amigos, André Bell, ele teve de passar 24 dias na prisão - no total, eram 23 horas por dia na cela, sendo que nos 60 minutos restantes podia comer, tomar banho e ligar para os pais, a namorada e a jovem filha, Demi, que ainda não tem idade suficiente para dominar o delicado assunto. Falando sobre o difícil período, o atleta de 23 anos garante que o encarou com a melhor das intenções. Agora, ele quer largar definitivamente a alcunha de 'garoto-problema'. "Não sou um cara de rua, nem membro de alguma gangue", afirma ele. "Na maior parte do tempo (na cadeia) eu pensava na minha filha. Quando ela tiver 16 ou 17 anos e um jornal à mão, lerá todos essas coisas negativas sobre mim. É isso o que mais me dói". Apesar das polêmicas envolvendo seu nome, ele segue com a confiança do Denver Nuggets. Paciente, o diretor-geral da franquia, Mark Warkentien, concedeu-lhe um contrato de 16,5 milhões de dólares (R$ 30,5 mi) e trocou na última temporada Allen Iverson por Chauncey Billups, cuja influência é considerada bem melhor àquela exercida pelo antigo armador. Resta a J.R. Smith, agora, retribuir esse apoio dentro de quadra. "Eu acho que eu seguia muito os outros. Se alguém me convidasse a fazer alguma coisa arriscada, eu diria: 'Vamos lá'. Agora, finalmente consigo enxergar isso com uma visão maior", assegurou.