Depois de muitas idas e vindas, o Universo se reapresenta hoje. A única novidade no grupo é o armador Nezinho, contratado ainda no início da intertemporada. Do grupo vice-campeão Brasileiro em junho, dois atletas trocaram Brasília por São Paulo: o ala Diego, que foi para o Pinheiros, e o pivô David, para o Franca. O time que estará na Cia Athlética, no entanto, não deve contar com o ala e capitão Alex.
Isso porque, apesar de estar de folga da Seleção, Alex deve ir para Ribeirão Preto, onde está a mulher, grávida, em vez de vir para Brasília. A data do anúncio oficial da equipe candanga para a temporada foi remarcada, para que o ala estivesse presente. Mas o diretor de basquete do Universo, Jorge Bastos, explica que não conseguiu voo para trazê-lo a tempo de Ribeirão.
O maior desfalque, entretanto, não era esperado. O pivô uruguaio Esteban Batista, anunciado por Bastos, no último dia 24, como possível reforço para a temporada, negou veementemente qualquer possibilidade de vir para o Brasil.
Esteban falou com a reportagem do Correio antes do treino do selecionado uruguaio na última sexta-feira, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O atleta se mostrou surpreso com a declaração do diretor de basquete do Universo de que estaria com problemas com o visto na Espanha e, por isso, poderia vir para o Brasil.
"Não teve nenhum problema com o meu visto. Vou jogar pelo Fuenlabra. Não sei de onde veio isso", disse, enfático. Jorge Bastos justificou que recebeu as informações do empresário do atleta. O diretor de basquete do Universo, que planejava ir ao Rio para conversar com o uruguaio, desistiu. "Pedi para o Alex conversar com ele, já que jogaram juntos e são amigos", explicou Bastos.
Alex e Esteban foram companheiros de time no Maccab Tel-Aviv, de Israel, vice-campeão europeu ano passado. Eles realmente se encontraram no Rio de Janeiro, onde defenderam suas seleções, no Torneio Super Four Eletrobrás. Mas o pivô garantiu que o encontro foi rápido e eles mal conversaram.
Experiência internacional
Com a negativa de Esteban Batista, o Universo começa a procurar outro nome para reforçar a equipe na temporada. Desde o fim do Novo Basquete Brasil (NBB), o time candango busca um jogador rápido e forte, com experiência internacional para tomar conta do garrafão. "Ainda vou tentar o Esteban até o fim", diz, esperançoso, Jorge Bastos.
O diretor de basquete, no entanto, procura alternativas. "Estou pensando em ir à Copa América (de 26 de agosto a 6 de setembro, em Porto Rico) para observar alguns atletas." De acordo com Bastos, um dos pré-requisitos necessários para a estrela pretendida é ter experiência no basquete Sul-Americano."Senão, não conseguirá se adapta", argumenta.