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Juvenal avisa que não aceita vender jogador por preço baixo

A diretoria do São Paulo já confirmou que voltou a receber sondagens de clubes europeus interessados por Miranda e Hernanes. No entanto, o presidente do Tricolor, Juvenal Juvêncio, deixou claro que não aceitará se desfazer de atletas por preços muito baixos nesta janela de transferências internacionais. "Por um preço barato eu não vendo, pois temos jogadores especiais. Se eu vender, o que vou fazer no Nacional? Há grandes chances de não vender ninguém. O mercado está pagando muito pouco", explicou o mandatário, em entrevista à rádio Globo. O presidente reconheceu que é muito difícil para um clube brasileiro acertar suas contas sem negociar jogador. Porém, a crise financeira mundial faz o mandatário ver poucas chances de formalizar uma transferência satisfatória. "O futebol brasileiro não fecha seu balanço sem a venda de jogador, esta é uma constatação frustrante para o torcedor. Nosso produto é a emoção. Mas o dirigente tem de administrar com a razão, e o mercado está ruim. Os jogadores estão saindo muito baratos em relação ao que acontecia há dois anos. Hoje, você vai à Espanha e vê 16 clubes em estado lastimável do ponto de vista financeiro", analisou. Neste momento, o Tricolor observa sondagens por Hernanes e Miranda. O zagueiro despertou o interesse de Villarreal, Milan e Fiorentina. Já o meio-campista permaneceu no Morumbi no ano passado depois de o Tricolor ter recusado proposta de 13 milhões de euros do Barcelona, atitude que não faz o presidente se arrepender. "Eu não me arrependo, porque ele é um grande jogador e vai voltar a mostrar um futebol maiúsculo. O mercado oferece a metade das nossas pretensões por alguns jogadores. Não dá para vender assim", reiterou. Já sobre contratações, Juvenal Juvêncio esfriou a expectativa da torcida em relação à possível chegada do atacante Fernandão, que está rescindindo contrato com o Al-Gharafa, do Catar. "Nós reconhecemos que é um grande jogador. Fiquei sabendo que está deixando o mundo árabe e que está disposto a conversar com clubes brasileiros. Mas o São Paulo não entra em leilão. Quanto ganhava lá? Sabemos o que queremos, o que temos e qual é nossa competência. Preciso ver também com o técnico, pois temos bons atacantes", finalizou.