Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Flamengo recebe o badalado Barueri

O técnico Cuca já sobreviveu a duas turbulências no comando do Flamengo. Uma após a queda na semifinal do primeiro turno do estadual para o modesto Resende e, no mês seguinte, a derrota para o rival Vasco na Taça Rio. Outra, ainda pior, com as surras para Sport (4 x 2) e Coritiba (5 x 0) no Brasileiro. A última ainda teve ingredientes como problemas internos e roupa suja lavada por meio da imprensa. Hoje, contra o Barueri, o treinador tem que superar o melhor ataque do campeonato e espantar o fantasma da demissão. O presidente em exercício, Delair Dumbrosck, não garante Cuca no cargo caso haja um novo tropeço. O canal SporTV (Net e Sky) anuncia a transmissão, às 19h30. A sequência de três jogos no Rio era encarada pela diretoria como a chance de arrancar rumo a um título que o clube não conquista há 17 anos. Porém, o Flamengo conseguiu apenas um dos seis pontos disputados diante de Palmeiras e Botafogo. Hoje, até o G4 parece distante. Não que a culpa seja de Cuca. A defesa, ponto fraco do time no Brasileirão, é formada por dois jogadores jovens (Welinton e Fabrício) e um veterano que não anda em boa fase (Ronaldo Angelim). Não há peças no elenco para mexer nesse setor, que tem batido cabeça desde a aposentadoria do capitão Fábio Luciano, depois do Carioca. A pedido do treinador, a diretoria contratou ontem o zagueiro David, ex-Palmeiras, e busca outro reforço para esta semana. Mas, até lá, Cuca não tem como fazer milagre. A queda do treinador agora não seria a solução para o rubro-negro. O orçamento do clube é limitado, e nem todo profissional se adapta à pressão diária na Gávea. Acostumado à realidade do Flamengo, onde esteve também em 2005, Cuca pede um voto de confiança e reconhece que só sobrevive no cargo o técnico que tiver %u201Cmuita paciência e força de vontade%u201D. Além disso, uma possível troca de comando poderia soar apenas como um ato eleitoreiro de Dumbrosck, que tentará se eleger presidente na disputa do fim deste ano. Promessas Em 2008, o Flamengo apresentou o meia Erick Flores com estardalhaço. Para se ter uma ideia da expectativa da diretoria, a multa rescisória do jogador, na época com 19 anos, passou da casa dos R$ 30 milhões. Apontado como grande revelação, Erick não se firmou e pouco foi utilizado. Agora, Cuca aposta no lateral-esquerdo Jorbison, 17 anos, e no meia Guilherme Camacho, 19, que começará no banco. A gangorra entre categoria de base e profissional faz parte da rotina dos meninos promovidos nos últimos anos. O único a fugir da regra é Renato Augusto, que subiu em 2005 e hoje é o camisa 10 do clube alemão Bayer Leverkusen.