Fora da seleção brasileira por opção própria desde o ano passado, Fofão passará pela experiência de participar dos Jogos Regionais pela segunda vez na carreira. "Na verdade, nem lembro o outro ano em que joguei. Faz muito tempo, provavelmente antes desse período de seleção", admite a atleta do São Caetano/Blausiegel.
Dezessete anos de camisa amarela e um ouro olímpico depois, a jogadora sabe que será a grande estrela da competição - o São Caetano estreia nesta quarta-feira, contra o São Vicente. "Acho normal se acontecer de as adversárias me pedirem autógrafos ou tirar fotos", comentou a levantadora.
"Com a exceção de São Bernardo, onde tem atletas conhecidas, vamos jogar contra São Vicente e Peruíbe e imagino não conhecer nenhuma das jogadoras. Então, acho que, tanto para mim, quanto para elas, será uma surpresa", brincou Fofão.
A jogadora quer aproveitar a oportunidade para conhecer o técnico Mauro Grasso, que fará sua estreia no comando do time. "Jogar sempre é diferente de treinar. Estamos com uma preparação muito boa, com treinos puxados, mas na hora da partida conhecemos ainda melhor o jeito de cada um", explicou.
Treinando há pouco mais de sete semanas com Mauro Grasso, ela afirma que está confiante. "Estou gostando bastante dos treinos. E, como cada técnico tem seu modo de trabalhar, essa será uma forma de vermos exatamente como é o Mauro no momento do jogo. Tenho certeza que ele quer muito conquistar esse título, assim como eu, então, estou bastante animada para os Regionais e toda a temporada", destacou.
Mauro Grasso espera confirmar as expectativas da levantadora. "Espero surpreender ao que ela e todas as jogadoras esperam do meu trabalho. Realmente jogar é bem diferente, pois enfrentamos pressão da torcida, do adversário e pressão pela conquista do título. E nós queremos muito ganhar os Jogos Regionais, pois é extremamente importante começar bem a temporada", concluiu o treinador, que retorna ao comando de um time feminino depois de 12 anos com o masculino.
Nos Regionais, o São Caetano não poderá contar com Sheilla e Mari, ambas na seleção, além da cubana Regla Bell, que está resolvendo as burocracias de visto antes de chegar ao Brasil.