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Experiente, Léo aponta os caminhos para o Santos sair da crise

Do correspondente Rodrigo Martins - Santos (SP) A goleada sofrida ante o Vitória, 6 a 2, no último domingo, e a consequente queda do técnico Vagner Mancini do comando do Santos aumentam ainda a mais a pressão sobre os jogadores por melhores resultados. Por isso, o experiente lateral esquerdo Léo sabe que a partida contra o Barueri, quarta-feira, na Vila Belmiro não será fácil e que a cobrança dos torcedores por uma vitória será muito grande, principalmente porque o Peixe estará atuando dentro de casa. Para o camisa 3 alvinegro, que retorna à equipe depois de cumprir suspensão automática, esta pode ser a hora da virada para o elenco santista. "Para reverter é dentro de campo. O momento é difícil, mas é aí que um grupo que quer chegar a algum lugar tem que ter equilíbrio. O momento é esse. Você tem que ter esse equilíbrio, saber das condições que você tem de reverter esse quadro. Colocar a razão na frente da emoção e procurar fazer as coisas certas", disse. Léo comentou ainda que neste momento de dificuldade, todos precisam assumir suas responsabilidades, inclusive os mais jovens. "Se não tiver condição de segurar essa pressão, que divida com aqueles que vão 'colocar a cara'. Agora, se tem a condição de ser idolatrado, currículo de ser ídolo, tem que ter a personalidade de colocar a cara e enfrentar a situação difícil. O verdadeiro ídolo não aparece só em momento bom. É em momento difícil que ele tem que 'por a cara'", afirmou. Apesar de admitir que todos precisam chamar a responsabilidade nesse momento de crise, o lateral sabe também que, pela idade de alguns jovens do elenco, casos do meia Paulo Henrique Lima (19 anos) e o atacante Neymar (17), os mais experientes do grupo vão precisar estar ao lado dos garotos, para que, juntos, ajudem o time a superar a fase ruim pela qual atravessa. "A pressão é grande e, de repente, pela pouca idade de alguns, não devem estar preparados para isso (cobrança forte da torcida). Mas que a gente possa dividir também esses problemas. Se eles não tiverem condições de segurar toda essa pressão, que conversem com a gente, troquem informações, para que nós, os mais velhos, possamos ajudar da melhor maneira possível", concluiu Léo.