Jornal Correio Braziliense

Superesportes

No Pinheiros, Lia, Garay e Fabíola sonham com a seleção

Lia, Fernanda Garay e Fabíola. Três jogadoras de destaque no mercado nacional, que, no entanto, ficaram de fora do primeiro ano do ciclo olímpico visando Londres-2012. O início desanimador, entretanto, não abalou as atletas, que esperam no Pinheiros/Mackenzie voltar a chamar a atenção do técnico José Roberto Guimarães. Maior pontuadora da edição 2007/2008 da Superliga feminina, a oposta Lia chegou a ser relacionada para o Grand Prix do ano passado, mas sequer viajou com a equipe para o exterior. A atleta não esconde a decepção, mas espera dar a volta por cima no novo clube depois de passar a última temporada na reserva de Natália no Finasa/Osasco. "Eu sonhava com seleção no ciclo passado, mas hoje em dia tenho o pé no chão. Não que eu achava que eu fosse para a Olimpíada, mas agora vai depender de eu correr atrás. Não pode ser só destaque, é preciso se firmar", comentou a jogadora, fazendo uma avaliação de sua carreira. "É esse crescimento que eu preciso na minha vida", constatou. Aos 23 anos, Fernanda Garay foi a segunda melhor atacante e a terceira melhor bloqueadora do último Nacional de clubes. Como "prêmio" pelo bom desempenho, foi relacionada por Zé Roberto este ano para o Grand Prix - apesar de ela também não ter sido chamada para treinar o grupo, a jogadora vê a atitude do treinador como um sinal de que ele está de olho e gostando de seu trabalho. "Apesar de eu não estar lá nem treinando e nem jogando, foi o primeiro passo de muitos", comemorou a ponteira, que na Superliga passada marcou mais pontos que a consagrada Mari: 362 contra 314. "É difícil falar que no ano que vem eu vou para a seleção, mas estou sempre trabalhando com foco nisso. Seja o que Deus quiser", brinca. Das três, a levantadora Fabíola é a que tem mais experiência com o combinado nacional, já que chegou a vestir a camisa verde-amarela no último ciclo olímpico. Acabou perdendo a reserva de Fofão para Carol Albuquerque, mas ainda sonha em voltar à seleção, apesar de ter saído atrás de Dani Lins e Ana Tiemi. "Acho que o Zé está testando as levantadoras e vai dar chance para outras jogadoras. Não sei quando eu vou ter a minha, mas não vou desistir", promete a atleta, que exalta um ponto positivo com relação às rivais. "Eu já conheço o trabalho do Zé, a comissão continua a mesma... já sei como trabalhar com eles e isso é uma vantagem", acredita. Lia, Fernanda Garay e Fabíola vão trabalhar na próxima temporada no Pinheiros com o técnico Paulo Coco, que também é auxiliar na seleção brasileira. E ele admite que as jogadoras podem fazer parte das próximas listas elaboradas por Zé Roberto. "São jogadoras com potencial de seleção. Vamos apostar um pouco aqui no Pinheiros e que o trabalho dê esse frutos", finaliza.