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Fossati tira férias da LDU e pode virar opção para o Palmeiras

O técnico do atual campeão da Recopa Sul-americana pode assumir o Palmeiras. Já procurado pelo clube paulista em 2008, Jorge Fossati, ex-goleiro de Avaí e Coritiba, ficará uma semana afastado da LDU para estudar propostas para o restante do ano. Seu nome já foi comentado em recentes reuniões da diretoria e ele avisa que dificilmente recusaria um convite. "Obviamente que eu estudaria voltar a trabalhar no Brasil, ainda mais no Palmeiras, que é sempre um grande clube. Seria ótimo para a minha carreira", comentou Fossati por telefone. O uruguaio enfrentou o Verdão neste ano pela Libertadores e gostou do que viu. "Não gosto de falar pontualmente para não parecer que estou me oferecendo, mas vi um grande time", analisou. Após anunciar o fracasso na negociação com Muricy Ramalho, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo admitiu que o novo treinador pode ser internacional. E Fossatti revelou ter sido procurado pelo Palmeiras em 2008 por meio de dois empresários. Aos 56 anos e com passagem recente no comando da seleção uruguaia, o técnico tem a experiência pretendida pela diretoria. "Ainda não tive contato neste ano, mas houve em 2008 do Palmeiras e de outros times do Brasil por meio do Juan Figer e do Fábio Melo (ex-jogador do São Paulo e hoje empresário)", contou o treinador, procurado pelo Grêmio nesta temporada depois da saída de Celso Roth - Paulo Autuori acabou contratado. No caso do Palmeiras, o comandante promete não dificultar tanto quanto Muricy em relação aos salários. "Não sou um treinador que ganha pouco, mas também não sou caro. Quem me contratar vai estar convencido do que eu mereço ganhar. E não estou em um leilão. Estou com vontade é de estudar um projeto nestes quatro, cinco dias que vou ficar em Montevidéu", garantiu. Técnico da LDU em 2004, Jorge Fossati trocou o clube equatoriano pela seleção uruguaia. Fora da Celeste em 2006 depois de não conseguir levar o time à Copa do Mundo daquele ano, o ex-arqueiro comandou equipes no Oriente Médio antes de voltar à LDU em janeiro, com a missão de manter o ânimo do time. Acabou fracassando ao ser eliminado na primeira fase da Libertadores, mas se satisfez com o título da Recopa. "Voltei para a LDU por sentimento. Deixei o time em 2004 para pegar a seleção do meu país. Como parei o trabalho no meio e sempre me procuraram para voltar, aceitei", recordou, adotando na sequência um tom de despedida em relação à sua situação no atual campeão da Libertadores. "Tenho contrato até dezembro, mas meu principal trabalho já foi feito. Os jogadores deixaram te ter uma mentalidade normal e passaram a querer se manter no primeiro lugar. Esta foi a nossa grande experiência nestes seis meses", avaliou, dizendo ter propostas principalmente de clubes do Oriente Médio. Abel descarta. Zinho sonha Entre outros possíveis candidatos a substituto de Wanderley Luxemburgo, Abel Braga já avisou que não deixa o Al Jazeera, dos Emirados Árabes Unidos. Já o ex-meia Zinho, atualmente à frente do Miami FC, clube mantido pela Traffic nos Estados Unidos, fica lisonjeado por aparecer na lista. "Pô, já fico muito honrado só em ser cogitado. Mas fico tranquilo porque tenho uma relação maravilhosa com a Traffic e o Palmeiras. Quando tiver algo concreto, vão me procurar", comentou Zinho, que não se vê inexperiente para assumir o cargo em um dos times em que mais teve sucesso como jogador. "Venho trabalhando aqui, ganhando experiência. E com certeza não vou ter tantas dificuldades como aqui, um futebol sem a grandeza do futebol brasileiro. Se o Palmeiras concretizar uma proposta, vou ficar muito feliz, é muito mais além do que eu esperava neste início de carreira", estimou o tetracampeão, há dois comandando o Miami. Com currículo mais vasto, incluindo o título da Libertadores e do Mundial de 2006 com o Internacional, Abel Braga diz nem cogitar sair dos Emirados. E o problema não é apenas a multa de US$ 2,5 milhões para quebrar o contrato recém-renovado com duração até junho de 2011. "Não tem nenhuma hipótese sair porque eles não querem e eu nunca rescindi um contrato na minha carreira. Trabalhar no Palmeiras é gratificante, me daria um currículo muito legal, mas se fizer isso mancho minha carreira com uma rescisão. E lá me tratam muito bem, a qualidade de vida é excepcional, o clube me dá todas as condições que preciso. Vou ficar até o fim do contrato", avisou Abel, que passa férias no Rio de Janeiro.