Depois de conceder entrevista ao jornal britânico The Times na qual aprovou o sistema ditatorial de governo e teceu elogios a Adolf Hitler, o presidente da Fórmula One Manageament (FOM) e detentor dos diretos comerciais da categoria, Bernie Ecclestone, tentou desfazer a polêmica. Nesta segunda-feira, o britânico garantiu que tudo não passou de um mal-entendido.
"Tudo isto é um grande mal-entendido. Na entrevista estávamos falando de estruturas e como, às vezes, pode ser bom tomar decisões fortes, sem nenhum tipo de reservas", esclareceu Ecclestone, ao diário alemão Bild, tentando mostrar porque usou Adolf Hitler em sua fala.
"Eu não usei Hitler como um exemplo positivo. Mas lembrando que antes de seus crimes terríveis, ele conseguiu trabalhar com sucesso contra o desemprego e os problemas econômicos", continuou. Mas Ecclestone foi ainda além durante a entrevista, citando também outros governantes como Sadam Hussein, George W. Bush, Gordon Brown e Tony Blair.
As declarações do mandatária da FOM reascenderam a polêmica com a comunidade judaica, que havia esquentado pela última vez depois de que o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, filho do líder fascista britânico Oswald Mosley, foi surpreendido participando de uma orgia com temática nazista gravada em vídeo.
"Não queria ferir os sentimentos da comunidade (judaica). Muitos amigos de minha estreita relação pessoal são judeus. Todos que me conhecem sabem que nunca atacaria uma minoria", garantiu Bernie Ecclestone, que disse que Mosley seria um bom primeiro ministro na última semana.