Ao que parece, o ex-presidente do Vasco Eurico Miranda não sairá impune de declarações feitas na véspera da decisão do Campeonato Brasileiro de 1997, quando o Cruz-maltino bateu o Palmeiras e ergueu o troféu. Por decisão da 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro, a casa de praia do ex-cartola, avaliada em R$ 1,2 milhão e que fica em um dos condomínios mais luxuosos de Angra dos Reis, irá a leilão.
O dinheiro arrecadado pela venda da mansão irá para a conta da empresa Parmalat como parte do pagamento de uma indenização de R$ 1,5 milhão, que Eurico foi obrigado a pagar à ex-patrocinadora do Palmeiras.
[FOTO1]A decisão, que não cabe recurso, veio por causa de declarações do ex-cartola. Um pouco antes da decisão de 1997, o então deputado federal insinuou que a Parmalat pagaria R$ 300 mil ao árbitro Sidrack Marinho dos Santos para beneficiar o Palmeiras.
O advogado da empresa do ramo alimentício, Diogo Bastos Neto, revelou ao jornal Folha de São Paulo que Eurico Miranda ainda tentou fazer uma manobra para escapar da decisão da Justiça.
"Numa das fases do processo, ele chegou a doar a casa para os filhos, mas o juiz cancelou a doação. Já tentamos várias vezes negociar com o Eurico, mas ele nunca quis um acordo. Por isso, o leilão foi determinado", declarou.
O leilão ainda não tem data para acontecer. Mas como o caráter da decisão do juiz é irrevogável e não cabe recurso, o ex-presidente do Vasco deve, desta vez, perder algo de onde mais lhe dói: o bolso.