Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Próximo NBB será mais longo e com restrição a estrangeiros

A Liga Nacional de Basquete (LNB) já planeja a segunda edição do Novo Basquete Brasil (NBB). Com início marcado para o próximo dia 25 de outubro, o torneio terá oito meses de duração e um máximo de três jogadores estrangeiros por clube. Kouros Monadjemi, presidente da entidade que organiza a competição, adiantou as novidades na festa de premiação realizada na noite desta terça-feira, em São Paulo. Em julho, os clubes farão uma reunião para mudar alguns detalhes do regulamento. A limitação aos estrangeiros é uma espécie de medida preventiva. No futuro, a ideia é restringir ainda mais o número de atletas de outras nacionalidades. O espanhol Moncho Monsalve, técnico da seleção brasileira, defende um máximo de dois forasteiros por time. Pesando em aumentar a duração do campeonato, Monadjemi negocia com Antônio Chakmati, presidente da Federação Paulista de Basquete, para não atrapalhar a disputa do torneio estadual. "Com um campeonato mais longo e bem estruturado, os clubes vão poder contratar e manter os times. Além disso, vai melhorar a relação com os patrocinadores, que ganhariam mais exposição", explicou o presidente da LNB. Dos 237 jogos do NBB, 51 foram transmitidos pela televisão por assinatura e alguns tiveram flashes na Rede Globo, parceira do campeonato. Com o acordo mantido com a emissora, Monadjemi sonha com uma transmissão completa em TV aberta. "A gente nem previa ter os lances de algumas partidas em TV aberta na primeira edição. Esperamos que no segundo ano cresça a audiência, exista o interesse e a Globo coloque no ar", disse. A primeira edição do NBB, conquistada pelo Flamengo sobre o Brasília, contou com 15 dos 19 clubes fundadores da LNB. No próximo dia 31 de agosto, os times devem se inscrever para o torneio da próxima temporada. Monadjemi espera contar com 16 equipes e não admite chegar a 20 participantes. Ele adiantou que já acertou a renovação do patrocínio com a Eletrobrás, uma das principais apoiadoras. "Nosso otimismo é baseado na superação das expectativas nesse primeiro campeonato. O público redescobriu a emoção do esporte e os clubes fortaleceram a relação com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Mostramos que, juntos, somos mais fortes. Temos uma responsabilidade ainda maior, pois não podemos decepcionar o público nesse momento", declarou o dirigente. Depois de algumas tentativas infrutíferas de rompimento com a CBB, os clubes entraram em acordo com a entidade e organizaram o primeiro campeonato nacional com a chancela da instituição. Carlos Nunes, sucessor de Gerasime "Grego" Bozikis na presidência do órgão, reiterou seu apoio à liga independente gerida pelas equipes e elogiou a estréia do NBB. "Foi um espetáculo além das expectativas. Eu sempre achei que a liga veio para ficar e alavancar o nosso basquete que, não podemos deixar de reconhecer, estava em baixa. Estamos aqui para ajudar e colaborar. O empenho e a seriedade dos times envolvidos só tende a crescer. A organização tem que ser cada vez mais dos clubes", afirmou Nunes, ex-assessor direto de Grego na CBB.