Dois dias depois de conquistar o título da primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB) com o triunfo no quinto e decisivo jogo sobre o Brasília, o Flamengo dominou a festa de premiação do torneio. Na noite desta terça-feira, Marcelinho se revezou com seus companheiros no momento de subir ao palco para receber homenagens durante a cerimônia realizada no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo.
Com um total de 1.047 pontos e média de 26,8 por jogo, Marcelinho terminou como cestinha do NBB. Ele ainda foi eleito o Craque da Galera pelos torcedores, levou o prêmio de melhor jogador e integrou a seleção do torneio. Principal destaque da noite, o capitão do time rubro-negro tratou de comemorar e apontou um ganho de terreno da modalidade após a primeira edição da competição nacional.
"Foi um sucesso de público, de retorno de mídia, de nível técnico e de investimento nos clubes. É claro que é um primeiro passo importante, mas precisamos continuar evoluindo para que nossa seleção consiga resultados expressivos, que é o mais importante. A seriedade de todos os envolvidos e a preocupação maior com o basquete já ajuda a transformar o esporte em um melhor produto", festejou.
Companheiros de Marcelinho no Flamengo, Baby foi premiado como melhor pivô e Fred, como melhor sexto homem. Para completar, o time rubro-negro ainda terminou com o melhor ataque e teve o técnico do ano, Paulo Chupeta. "O campeonato foi além das minhas expectativas. Fico feliz por ter participado desse momento e espero que no ano que vem seja ainda melhor", afirmou o treinador.
Com passagens pela NBA e pelo basquete europeu, Baby garante que o NBB foi suficiente para convencê-lo a permanecer no Brasil. "Vimos que não precisávamos de muita coisa, só de organização. Eu principalmente estou pensando em ficar aqui. Com certeza, em alguns anos e liga vai ficar mais forte e o pessoal vai começar a querer voltar para a casa", disse.
De férias no Brasil após defender o Phoenix Suns na última temporada da NBA, Leandrinho marcou presença no evento e entregou um dos prêmios. O atleta apontou Marcelinho, Alex, Fred, Baby e Diego como destaques e elogiou o torneio nacional. "A gente vê que a diferença em relação ao outro campeonato é bem grande. Fico feliz de estar perto dos meninos nesse momento. O basquete ganhou um novo ar", atestou.
Além de exaltar o torneio, Kouros Monadjemi, presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), entidade responsável por organizar a disputa, enumerou os próximos passos. "Temos muito a corrigir e sabemos que o basquete ainda não tem os seus ídolos consolidados. Além disso, precisamos melhorar a parte técnica e financeira dos clubes", afirmou o dirigente.
Em 237 jogos, 51 deles televisionados pela TV fechada, o NBB teve um público total de 593.847 pessoas, com média de aproximadamente 2,5 mil torcedores por partida. Na série decisiva entre Flamengo e Brasília, a média foi de 12.769 por confronto. No dia 1º de maio, ainda pelo segundo turno da competição, 16 mil fãs acompanharam o duelo entre Universo e Flamengo, recorde do torneio.
Confira os premiados na festa do NBB:
Armador: Larry (GRSA/Itabom/Bauru)
Laterais: Alex (Universo) e Marcelinho (Flamengo)
Pivôs: Baby (Flamengo) e Murilo (Minas)
Sexto homem: Fred (Flamengo)
Melhor Jogador: Marcelinho (Flamengo)
Melhor defensor: Alex (Universo)
Técnico do ano: Paulo Chupeta (Flamengo
Craque da galera: Marcelinho (Flamengo)
Trio de arbitragem: Cristiano Maranho, Sérgio Pacheco e Carlos Renato dos Santos
Equipe Fairplay: Bauru - média de 18,2 faltas por jogo
Equipe com melhor defesa: Joinville - média de 77,5 pontos sofridos por jogo
Equipe com melhor ataque: Flamengo - média de 91,8 pontos por jogo
Líder em rebotes: Shilton (Joinville) - média 11,9 rebotes por jogo
Líder em assistências: Sucatzky (Minas) - média de 7,3 assistências por jogo
Cestinha: Marcelinho (Flamengo) - média de 26,8 pontos por jogo