Jornal Correio Braziliense

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Richarlyson entende raiva, mas reprova palavra de Maxi López

Richarlyson nem assistiu à partida entre Cruzeiro e Grêmio nessa quarta-feira pela Libertadores, mas não gostou do desfecho. Negro como Elicarlos, o volante até entendeu o aborrecimento do gremista Maxi López na derrota no Mineirão, mas repreendeu o argentino por ter chamado o volante cruzeirense de "macaco". "No momento da raiva, o Maxi López escolheu a palavra erroneamente, no meu modo de ver. Mesmo na raiva, você não pode insultar. Tem tantas outras palavras que também não são legais mas não atingem a integridade e a cor da outra pessoa", apontou o camisa 20. [SAIBAMAIS] Em 2007, Richarlyson também se viu em uma polêmica. O dirigente do Palmeiras José Ciryllo Junior disse em um programa de televisão que o meio-campista era homossexual. O jogador do Tricolor negou, mas processou o cartola para dar exemplo contra o preconceito. Dois anos depois, o volante, que chegou até a ter seu nome ignorado pela torcida são-paulina, garante que nunca teve sua integridade atingida em algum xingamento dentro de campo. Mas quer o fim de episódios como o de Maxi Lopes e até o de Grafite, que em 2005 alegou ter sido chamado de "macaco" pelo zagueiro Desábato, então no Quilmes, e causou a prisão do argentino. "Não é demagogia. Todo tipo de ofensa moral e preconceito não é válido. Se o racismo se expandir no futebol brasileiro, como aconteceu com o Grafite e o Maxi, não tem por que o Lucio falar aquelas palavras se nós, que somos um espelho, não temos respeito mútuo", comentou Richarlyson, recordando que o zagueiro capitão da seleção brasileira fez discurso contra o racismo antes de enfrentar a África do Sul nesta quinta-feira.