postado em 25/06/2009 12:49
A noite gremista foi longa. A acusação do volante Elicarlos, do Cruzeiro, de que teria sofrido insultos racistas do atacante Maxi López, do Grêmio, criou uma grande confusão. O jogador cruzeirense saiu do gramado do Mineirão após a vitória por 3 x 1 do seu time, alegando ter sido chamado de 'macaco'. O tumulto só foi desfeito por volta das 2h30 desta quinta-feira.
Após a partida, policiais civis foram ao vestiário gremista para levar o argentino para depor sobre o caso. Em meio à desordem, um policial chegou a sacar uma arma, ato que indignou o assessor de futebol André Krieger. "Aqui não há marginal", reclamou o dirigente.
No meio do imbróglio, um segurança do clube gaúcho chegou a ser algemado. Após muita confusão, López foi prestar o seu depoimento e com ele foi toda a delegação gaúcha que estava em Belo Horizonte. Dentro da delegacia do Mineirão, mais confusão. O técnico Paulo Autuori chegou a receber voz de prisão por desacato à autoridade. Sem sair de seu costumeiro tom calmo, ele demonstrou insatisfação com tudo que ocorreu.
"Os responsáveis por tudo isso devem estar preocupados. Infelizmente vai ter clima pesado (em Porto Alegre). Vai acontecer o mesmo do que aconteceu com o São Paulo quando muita gente apareceu e não deu em nada. Isso não é nada. É apenas um jogo de futebol. O País precisa discutir coisas mais sérias e ser mais sério", declarou.
No fim das contas, os jogadores foram liberados. "A queixa é improcedente. Vamos aguardar os acontecimentos", comentou Krieger. O dirigente chiou sobre tudo que envolveu o pós-jogo. Um ônibus com torcedores gremistas chegou a ser apedrejado.