O técnico Joel Santana viveu um momento especial nesta quarta-feira, após comandar o último treino da África do Sul para a semifinal contra o Brasil: acompanhado de toda a delegação dos Bafana Bafana, o treinador foi recebido por Nelson Mandela, ex-presidente do país africano.
Símbolo da luta contra o apartheid, Mandela, de 91 anos, abriu as portas de sua casa no bairro de Houghton e disse acreditar na seleção local. "Foi de arrepiar", admitiu Joel. "Só a presença e o olhar dele já transmitem uma tranquilidade muito grande. Nunca imaginei que um dia poderia encontrá-lo".
Mais à vontade por poder dar a entrevista em português (seu inglês carregado de sotaque e cheio de erros virou motivo de piada), o técnico da equipe sul-africana falou sobre a expectativa para o duelo com o Brasil, nesta quinta-feira.
"A conquista de passarmos para a segunda fase foi um título. Se passarmos pelo Brasil será o bicampeonato. Se formos campeões, será o tricampeonato, mas daí já seria coisa demais para o meu currículo", brincou o treinador, que promete mandar o time para o ataque ante seu país natal.
Joel disse ainda que a África do Sul precisa "apenas lapidar alguns detalhes" para ficar pronta para receber a Copa. E mais uma vez defendeu as 'vuvuzelas', cornetas usadas pelos torcedores locais. "Será uma grande festa o jogo contra o Brasil. A torcida vai comparecer e fazer aquele barulhinho que vocês tanto gostam", provocou.