A qualidade do toque de bola da Seleção da Espanha, tão exaltada antes da Copa das Confederações, tem se confirmado ao longo do torneio. E sob o comando de um craque de talento igualmente enaltecido por torcedores e críticos: o volante Xavi. Principal responsável pela armação das jogadas da equipe europeia, o baixinho da camisa 8 é o dono do melhor passe da competição.
De acordo com as estatísticas da Federação Internacional de Futebol (Fifa), nas três rodadas da primeira fase, Xavi passou a bola para um companheiro 258 vezes e acertou o destino em 229 tentativas - aproveitamento de 88,7%. O desempenho é desmembrado pela entidade em passes curtos, de média e de longa distância.
A categoria de Xavi empurra a Espanha no duelo de hoje contra os Estados Unidos, às 15h30, pelas semifinais, com transmissão de Bandeirantes e Sportv. A exemplo do volante, a equipe tem o melhor passe das oito seleções participantes da Copa de Confederações, com aproveitamento de 81% -4 o Brasil é o segundo, com 78,9%. Os norte-americanos ostentam a pior marca: 63,7%.
Apesar da superioridade sobre o adversário, os espanhóis se atêm ao discurso de que é preciso tomar cuidado, especialmente com os contra-ataques dos Estados Unidos. Mas Xavi já sonha em disputar a final contra o Brasil. "Primeiro, temos que passar pela semifinal. Depois, tomara que nosso rival seja o Brasil. Seria muito bonito", contou o jogador ao jornal El País, da Espanha.
Uma vitória sobre o time de Dunga sacramentaria o prestígio da atual geração no país ibérico. A campeã da Eurocopa pode superar hoje o recorde de invencibilidade entre seleções, que divide com o Brasil: 35 jogos sem derrota - a última aconteceu contra a Romênia (1 x 0), em novembro de 2006. A marca verde e amarela foi estabelecida entre 1993 e 1996. A Fúria, no entanto, já detém a maior sequência de triunfos da história, com 15 consecutivos.
A campanha na Copa da Confederações é excelente. Em três partidas, a Espanha fez oito gols, não sofreu nenhum e tem os artilheiro do torneio, David Villa e Fernando Torres que balançou as redes três vezes, ao lado de Luís Fabiano.
Azarão
Nada como uma vaga conquistada quando tudo parecia perdido, com incrível combinação de resultados. A mistura de sorte e competência que levou os Estados Unidos à semifinal reforça a crença do time: é possível chegar à decisão. A chance de derrubar a invencibilidade da Espanha também serve de motivação para os norte-americanos. O último confronto entre as duas seleções, em junho de 2008, terminou com vitória europeia por 1 x 0, em Santander, no país ibérico.
FÚRIA
Veja o resumo da invencibilidade espanhola:
Jogos 35
Vitórias 32
Empates 3
Gols marcados 73
Gols sofridos 11
[SAIBAMAIS]