"As principais equipes, estrelas, marcas, patrocinadores e companhias historicamente ligadas ao mais alto nível do automobilismo farão parte de uma nova categoria", garantiu a Fota (associação de times da Fórmula 1) após reunião realizada na fábrica da Renault em Enstone na noite de quinta-feira. Apesar do pulso firme mostrado pela entidade, o chefe da Red Bull, Christian Horner, admite que essa decisão ainda não é definitiva. Tentando se eximir de culpa pelo 'racha', o britânico assegurou que 'agora tudo está nas mãos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo)'.
Embora oito das dez atuais integrantes da Fórmula 1 prometem deixar a tradicional modalidade criada em 1950, Horner afirmou nesta sexta-feira, dia da abertura do Grande Prêmio da Inglaterra, que ainda pode ocorrer uma reviravolta caso a FIA volte atrás e altere o regulamento proposto para 2010. "Estando com um otimistmo eterno, nunca diga nunca"', respondeu ele quando perguntado se os últimos eventos representaram o fim da elite dos esportes a motor. "Mas os times acreditam terem passado por um longo, longo caminho, e é uma pena que nos encontremos assim".
Em carta publicada nesta manhã, porém, a entidade presidida por Max Mosley minimizou as chances de um acordo ser construído de última hora, adiantando que não permitirá uma 'corrida financeira' ou que a Fota dite as regras.
Nesse contexto, o homem-forte da segunda colocada do Mundial de Construtores passou toda a responsabilidade para a FIA, que teria 'tudo' em suas mãos para construir o seu próprio futuro. "Fomos até onde podíamos, e uma solução não foi alcançada até o prazo estabelecido. Agora a bola está na quadra de Mosley", disse o inglês, apontando o que motivou as ações de sua escuderia. "Não temos alternativas porque não podemos disputar a Fórmula 1 com as normas atuais. A Red Bull quer continuar correndo contra os melhores competidores do mundo. Pensar em não estar na mesma liga de Renault, Ferrari e McLaren não é atrativo".