Geralmente considerado decisivo para a realização de um evento internacional como as Olimpíadas, uma economia forte não será tão importante para definir a sede dos Jogos de 2016. Pelo menos é isso o que garante o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, cujas declarações dão conta de que não haverá preferência pela cidade mais rica, e sim por aquela que for deixar um grande legado para os anos seguintes.
Recentemente, o símbolo da 'candidata dos sonhos' do COI nesse sentido tem sido Barcelona, que utilizou a competição de 1992 para superar a estagnação dos anos 1980 e aumentar a qualidade de vida da população - além dos complexos esportivos, foram construídas novas avenidas, linhas de metrô e um novo porto, e houve ainda a revitalização das praias e a remodelação do centro histórico.
Após 14 anos da bem-sucedida experiência catalã, Jacques Rogge espera que o cenário se repita com quem for escolhida entre Rio de Janeiro, Tóquio, Madri e Chicago. "A economia não deveria liderar nossa decisão, mas sim um legado sustentável. Não necessariamente vamos pela cidade mais rica e acreditamos que isso é o certo. Quando sairmos, queremos ser um bônus para a cidade, a região e o país".
Relevantes, as declarações do presidente do COI foram realizadas horas antes do início das apresentações dos quatro projetos aos membros da entidade, que ocorrem em Lausanne, na Suíça, nesta quarta. De forma inédita na história dos Jogos Olímpicos, Rio de Janeiro, Tóquio, Madri e Chicago têm direito a 45 minutos cada para mostrar seus planos antes da eleição que definirá a sede do evento, marcada para 2 de outubro.