Mais uma vez, o Palmeiras se vê pendurado na Copa Libertadores da América. Na partida desta quarta-feira contra o Nacional, às 19h20, no estádio Centenário, em Montevidéu, o Verdão terá de resgatar o espírito guerreiro para superar uma nova adversidade no torneio, como já ocorreu diante dos chilenos do Colo Colo, na primeira fase, e na classificação nos pênaltis contra o Sport, nas oitavas de final.
No jogo de ida, o Nacional obteve um importante placar de 1 x 1 e deixou o Palestra Itália em clima de festa. Uma igualdade sem gols já é suficiente para o tricampeão da América. Ao Palmeiras, um empate também serve, desde que seja por, pelo menos, dois gols.
Resgatando os "milagres" anteriores, o Verdão esbanja confiança ao falar do desafio no lendário estádio Centenário, onde recentemente a seleção brasileira bateu o Uruguai. "Impossível não é. Sabemos que o Nacional joga muito na defesa, vamos precisar de paciência para passar pelo bloqueio deles", decreta o atacante Keirrison.
Em compensação, o gol sofrido no Palestra Itália, em uma clara desatenção defensiva, ainda é motivo de frustração no elenco palmeirense. "Não esperávamos sofrer aquele gol, são coisas que o futebol proporciona. Mas estamos preparados. Sabemos que será difícil, mas uma vitória nos coloca na próxima fase. Será decidido nos detalhes", explica Keirrison.
Duas vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro - contra Vitória e Cruzeiro - diminuíram as desconfianças do torcedor no Palmeiras. Sob um clima positivo, o elenco descarta pensar até na chance de um fracasso em solo uruguaio.
"Nem pensamos na hipótese de perder, o primeiro pensamento é a classificação. Vamos deixar acontecer para depois pensar nas consequências", avisa Keirrison. "A palavra-chave dessa partida será o comprometimento. Na loucura, não vamos derrotá-los", emenda.
Um dia antes da viagem ao Uruguai, o Palmeiras recebeu uma visita imponente: o técnico Luiz Felipe Scolari, campeão da Libertadores pelo clube em 1999. Keirrison acha que a presença do pentacampeão mundial reforça a motivação alviverde. "É importante contar com a ajuda de um vitorioso, traz energia positiva", exalta o jogador, autor de dois gols contra o Cruzeiro.
Na batalha contra o Nacional, Luxemburgo deve manter o esquema com três zagueiros, presente nas principais decisões da Libertadores. No entanto, o treinador também abre a chance de tirar um defensor para a entrada de um meio-campista - Souza ou até Mozart. Na frente, fica a expectativa pela permanência do atacante Willians, que voltou recentemente de lesão e apresentou boa produção contra o Cruzeiro.
Obstáculos: No Nacional, os jogadores foram obrigados a conviver com uma série de casos de gripe nos últimos dias. No período de preparação para enfrentar o Verdão, os jogadores mais debilitados eram os argentinos Federico Dominguez e Angel Morales.
Mas a lista não para por aí. O meio-campista Álvaro Fernández amanheceu com febre na segunda-feira. O atacante Gustavo Biscayzacú também reclamou de dores de garganta. No atacante Sergio Blanco, o caso foi ainda pior: a gripe se transformou em infecção pulmonar. No total, dez atletas sentiram os efeitos da doença.
"É uma situação extremamente preocupante. Vários jogadores foram afetados", reconhece o técnico Gerardo Pelusso, que mantém o mistério na escalação, mas deve contar com apenas um desfalque, o volante Alvaro Fernández.
FICHA TÉCNICA:
NACIONAL-URU x PALMEIRAS-BRA
Local: estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai)
Data: 17/06/2009 (quarta-feira)
Horário: 19h20 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Vera (Equador)
Assistentes: Juan Cedeño e Luis Alvarado (ambos equatorianos)
NACIONAL: Muñoz; Rodríguez, Victorino, Coates e Romero; Cazullo (Caballero), Arismendi, Morales e Lodeiro; Biscayzacú e Medina.
Técnico: Gerardo Pelusso
PALMEIRAS: Marcos; Maurício Ramos, Danilo e Marcão; Wendel; Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Armero; Willians (Souza) e Keirrison
Técnico: Wanderley Luxemburgo.