Dois dias antes do início da Copa das Confederações, prévia do Mundial 2010, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, voltou a defender a escolha da África do Sul como sede do mais importante torneio de futebol e disparou contra os críticos.
"Desde que abri o envelope com o nome 'África do Sul' eles disseram que não ia dar certo. Por que?", questionou o dirigente suíço, em entrevista coletiva concedida em Joanesburgo. "A cada ano 10 ou 11 milhões de turistas vêm para a África do Sul. Eles organizaram competições internacionais e conferências. Por que sempre há esse questionamento com o futebol?", completou.
As críticas à decisão da Fifa vieram principalmente da Europa, que recebeu o último Mundial, organizado pela Alemanha, e deve ter a Copa de 2018 na Inglaterra. Quatro anos antes, o Brasil terá a honra e a responsabilidade de receber o evento.
"Não é o povo da Europa, mas parte da mídia, que desde o começo não confiou na África do Sul, ou na África como um todo, para organizar a Copa do Mundo", reclamou Blatter, que insinuou que estes críticos estão com "inveja" dos sul-africanos.
"Não compreendo esta relutância em ir à África. Estamos aqui não apenas para homenagear a África, mas para fazer justiça com a África e o futebol africano por tudo o que eles fizeram pelo futebol", finalizou.
A partir de domingo, com a abertura da Copa das Confederações, a África do Sul terá a primeira chance de mostrar que tem todas as condições de ser a dona da festa no ano que vem. O atraso nas obras dos estádios e os problemas de segurança do país são as principais preocupações a menos de um ano do Mundial.