Em seu primeiro desafio diante da torcida, a renovada seleção brasileira masculina de vôlei terá pela frente mais de dez mil torcedores no ginásio do Ibirapuera. E é justamente na reação dos jogadores ao "caldeirão paulista" que Bernardinho promete ficar de olho.
"Minha primeira questão é saber como eles vão reagir a um Ibirapuera, com pressão e grande visibilidade", confessou o técnico brasileiro, que utilizará apenas três jogadores que estiveram em Pequim: Bruno, Murilo e Sergio "Escadinha". "Vamos conhecer um pouco mais do grupo ao longo desses momentos", acredita.
De acordo com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), na quinta-feira de manhã já se esgotaram todas as entradas para a partida de domingo. Para o duelo de sábado, contra a Polônia, restavam 450 lugares vagos.
Capitão da seleção neste final de semana, Murilo recorda sua primeira partida no Ibirapuera com a camisa amarela. Ele define a experiência como inesquecível. "O hino é uma coisa maravilhosa de se ouvir. Lembro bem disso e quem for escutá-lo pela primeira vez num jogo da seleção irá se arrepiar. A parte mais emocionante é quando o som do ginásio para e o público continua a cantar", conta.
Os jogadores que começam agora a cavar um lugar no time, porém, acreditam que o grande público vai mais ser positivo que o contrário. "Depende do jeito que encaramos, mas acho que vai mais ajudar do que dar pressão ao time", acredita Léo Mineiro.
Com a experiência de quem já defendeu o Brasil em uma Liga Mundial, em 2005, João Paulo também acredita que a torcida fará os jogadores ficarem ainda mais motivados. "Principalmente aqui no Brasil um ginásio lotado só ajuda a gente. Vamos aproveitar, pois torcida quanto mais tiver, mais nos ajuda", assegura.