Jornal Correio Braziliense

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Camisa 10 'em extinção', Alex abre mão da seleção brasileira

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Às vésperas das Copas do Mundo de 2002 e 2006, Alex esteve ansioso com a possibilidade de ser convocado e viu o sonho ser frustrado por Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, respectivamente. Desta vez, não quer sentir a mesma coisa. Esquecido por Dunga, o meia que se intitula um camisa 10 raro não tem esperanças de ir à África do Sul. " Seleção brasileira nem me passa mais pela cabeça", assegurou o jogador do Fenerbahce, que chegou a se dizer magoado especialmente com Felipão - seu comandante em uma das melhores fases da carreira no Palmeiras, entre 1997 e 2000, preferiu chamar Ricardinho, até então nunca lembrado pelo treinador, para a vaga do contundido Emerson em 2002. "São opções. Cada um vê o futebol de uma forma e tenho que respeitar. Respeitei a opção do Felipão em 2002, a do Parreira em 2006 e as opções de agora. O Brasil está recheado de bons jogadores e cada um enxerga de um jeito. Às vezes sirvo para um treinador e não para outro", comentou, já conformado em encerrar a carreira sem jogar um Mundial. "Nunca duvidei da minha qualidade, como também nunca duvidei de outros que não disputaram nenhuma Copa do Mundo", afirmou o meio-campista de 31 anos, há cinco temporadas atuando no futebol turco. Satisfeito com os caminhos que seguiu, Alex diz que, sem ele, a seleção perde características incomuns no futebol atual - e que até o meia foi obrigado a mudar. "Pela organização tática, o futebol caminhou para que jogadores como eu perdessem espaço. Eu e outro temos que nos adaptar para arranjar espaço, porque ficou complicado", analisou. De qualquer maneira, o ídolo de Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahce não guarda rancor. Aposta em uma classificação fácil nas Eliminatórias e está certo de que seu país tem condições de superar na próxima Copa até a balada Espanha, atual campeã européia e líder do ranking da Fifa. "O Brasil é sempre favorito. Talvez somente a Espanha esteja um pouco à frente porque tem uma base montada e joga como o Barcelona. Mas, quando enfrentar o Brasil, sou mais Brasil porque tem uma qualidade absurda, jogadores com muito moral", elogiou.