Jornal Correio Braziliense

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Diretor do XV de Piracicaba recebe protesto com tiros para o alto

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Na semana em que uma briga entre corintianos e vascaínos deixou uma pessoa morta e causou o incêndio de um ônibus, quase que uma nova tragédia é registrada no futebol brasileiro. Irritados pela derrota que tirou as chances de acesso do XV de Piracicaba na Série A-3 do Campeonato Paulista neste sábado, torcedores foram até a sede do clube para protestar, mas foram recebidos a tiros por um dirigente. Renato Bonfiglio, diretor do time, não gostou das ameaças feitas pela torcida após a derrota por 3 x 0 para o Osasco e efetuou disparos para o alto com seu revólver calibre 38. Na sequência, foi levado para a delegacia em companhia de algumas testemunhas para prestar depoimento e acabou autuado. "Na chegada de Osasco, uma turma de torcedores acabou ameaçando ele e outros membros da diretoria, soltando rojões. Ele sacou a arma e deu um disparo para dissipar a confusão, foi só isso. A Polícia Militar estava lá e levou ele para a delegacia, sem resistência", relatou Luís Roberto Beltrame, presidente da agremiação piracicabana. Segundo Beltrame, Renato Bonfiglio não tinha porte de arma e, com isso, foi autuado em flagrante por disparo, muito embora o 'relaxamento' da prisão tenha sido concedido ainda na noite deste sábado. O diretor foi solto, o que não diminuiu a indignação do presidente com a situação. "Foi lamentável. Está certo que o torcedor tem o direito de protestar, mas a diretoria faz o que pode. Dá todo o necessário para os jogadores, mas não pode entrar em campo para jogar bola", complementou Luís Roberto Beltrame. Com a derrota, o XV de Piracicaba permanece na Série A-3. Oswaldo Cruz, Pão de Açucar, Osasco e Votoraty são os promovidos à Série A-2.