Com o peso de quem já acertara, com um mês de antecedência, que a Universidade da Carolina do Norte se sagraria campeã do basquete universitário norte-americano (NCAA), Barack Obama resolveu também dar seus palpites no esporte profissional. Questionado sobre a previsão do presidente norte-americano de que o Los Angeles Lakers ganhará a NBA no jogo seis da série decisiva, o técnico do Orlando Magic, Stan Van Gundy, preferiu ironizar os comentários do mandatário, que 'deveria ter coisas mais importantes nas quais pensar'.
Mostrando certa irritação na resposta a Obama, Van Gundy mostrou o quanto estava decepcionado após a derrota por 100 a 75 para os Lakers nesta quinta-feira, quando o confronto melhor-de-sete começou a ser definido na Califórnia. Embora ressalte que o placar acachapante não significa 'duas vitórias' para o time da casa, o comandante do Magic. 'Eu conheço a história dos playoffs e sei que é difícil encontrar um campeão que neste estágio da temporada foi derrotado por mais de 20 pontos de margem. Mas essas coisas acontecem', afirmou.
A análise do retrospecto realizada pelo treinador é embasada, por exemplo, na última finalíssima da NBA. Em 2008, a mesma franquia de Los Angeles não resistiu ao Boston Celtics após tomar um placar de, por exemplo, 131 x 92. A última vez que uma equipe foi atropelada e mesmo assim se sagrou campeã foi há quatro anos, quando o San Antonio Spurs superou um passeio de 102 x 71 para sobressair sobre o Detroit Pistons.
Nesse contexto, quem pagou caro pelo mau humor de Van Gundy foi Obama, que na última terça-feira havia apostado nos Lakers para faturar o título. "Espero que ele tenha coisas mais importantes com as quais se preocupar. Espero que ele não gaste muito tempo pensando nas finais da NBA", ironizou.
Howard anulado: Na queda do Magic na partida realizada na Califórnia, ambos os rivais foram unânimes em apontar um fator-chave: a discrição de Dwight Howard, limitado a 12 pontos e a 15 rebotes. Vale lembrar que o 'Superman' deixou a série contra o Cleveland Cavaliers com média de 25,8 pontos por noite.
Quem falou sobre o assunto, por exemplo, foi Kobe Bryant, que elogiou bastante a atuação do pivô Andrew Bynum. "Acho que Andrew veio com muita energia e realmente nos ajudou a ter um bom início, fazendo o melhor trabalho possível ante Dwight".
Também consultado, Van Gundy fez questão de elogiar o pupilo de 2,11 m, mas admitiu as dificuldades impostas pelos Lakers no garrafão com Bynum e também com Pau Gasol e Lamar Odom - esses trio somou 31 rebotes no total. "Penso que Howard tenha realizado alguns bons passes, e no segundo tempo não conseguimos aproveitar isso nos chutes. Tivemos muito problemas tentando penetrações, pois eles dificultaram para nós. Precisamos achar um modo de melhorar o movimento da bola".