Jornal Correio Braziliense

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Parreira critica vandalismo no Flu. Polícia investiga o caso

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Depois do treinamento desta quarta-feira no Fluminense, o técnico Carlos Alberto Parreira se pronunciou sobre os atos de vandalismo de torcedores organizados na tarde de ontem, nas Laranjeiras. O volante Diguinho foi agredido por um torcedor e teria havido disparo de tiros por parte de seguranças para dispersar a multidão. "Foi um acontecimento lamentável e não é para acontecer no mundo civilizado. Não podemos ser agredidos dentro de nossa própria casa. Mas estamos tranquilos porque conhecemos bem a torcida do Fluminense e sabemos que essa não é a torcida", disse o treinador, ao enaltecer a torcida que lotou o Maracanã para incentivar a equipe. Em meio ao desabafo, o comandante tricolor fez questão de dizer que também está insatisfeito com o rendimento do Fluminense nos últimos jogos. "Ela (torcida) não está insatisfeita sozinha. Nós também estamos trabalhando para melhorar os resultados dentro de campo", acrescentou o treinador, que nesta manhã conversou com um torcedor de maneira pacífica, próximo ao alambrado. Parreira disse ainda que atitudes como a de ontem prejudicam a diretoria na contratação de jogadores, uma vez que os profissionais podem se sentir temerosos em acertar com o Tricolor. "A diretoria do Fluminense fez uma queixa crime, que é o que deveria ser feito, e agora só nos resta aguardar", afirmou o treinador, antes de concluir que o local de treinamentos não é o ideal e que não teme demissão. Caso de polícia - A manhã de trabalho contou com a presença de inspetores da 9ª Delegacia de Polícia, do Catete, bairro próximo à sede do clube. Pouco depois a delegada Renata Teixeira tomou depoimentos de Diguinho e do goleiro Fernando Henrique, cujos seguranças são acusados de terem feito os disparos. O arqueiro não treinou com o restante do elenco e, segundo informações da comissão técnica, estaria no departamento médico, com febre.