Aos 35 anos e com um currículo recheado de títulos, inclusive o olímpico e o mundial, Anderson Rodrigues ainda quer mais. Apesar de ter optado por não defender mais a seleção brasileira, o mineiro está longe de pensar em se retirar das quadras. "Nem penso nisso ainda", comentou o atleta, com um largo sorriso no rosto. "O único problema é que eu estou cada dia mais velho", brincou.
Principal nome do Sesi, o oposto garante ainda ter muita motivação. Tanto que nem pensou muito quando foi convidado pelo técnico Giovane Gávio para se mudar para São Paulo, a fim de defender o novo time do voleibol brasileiro. "Somos amigos e temos um pensamento único, de transmitir conhecimento para os mais novos", afirmou.
Giovane e Anderson trabalharam juntos na última temporada, quando defenderam as cores do Tigre/Unisul/Joinville. E o oposto conta que já estava praticamente tudo acertado para a parceria continuar, mesmo antes de a Unisul resolver encerrar o projeto, salvo pelos paulistas. Então, foi só arrumar as malas.
"Vida de atleta é assim mesmo, de peregrinação de um lado para o outro. Nosso único ponto fixo é a nossa casa", comentou o belo-horizontino. Quarto atacante mais eficiente da última Superliga, ele aponta o bom clima no Joinville para justificar o excelente desempenho. "É aquela coisa da satisfação pessoal, de trabalhar em um lugar legal e ter um bom relacionamento com os outros atletas. Isso te deixa feliz", ensinou.
Apenas um fator não agradou Anderson na última temporada: a eliminação precoce dos catarinenses, que caíram nas quartas-de-final da Superliga após uma série extremamente equilibrada diante do Santander/São Bernardo.
"É uma coisa pessoal minha, mas não fiquei feliz com isso. Acho que nós merecíamos um posicionamento melhor no campeonato, pois o trabalho foi bem feito. Me deixou frustrado", admitiu.