Jornal Correio Braziliense

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Adilson Batista diz que já pensou no time sem Ramires

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Para ser técnico, hoje, no Brasil, é preciso saber que, eventualmente, seus principais jogadores podem ir embora a qualquer momento. Adilson Batista sabia que a venda de Ramires - para o Benfica, de Portugal, por pouco mais de R$ 21 milhões - seria questão de tempo, por isto já vinha se planejando. É claro que a ausência será sentida, mas para tudo existe solução. "Já existe a formação sem o Ramires. Estou pensando e dentro do próprio elenco a gente criou. Não vai fugir daquilo que vocês sabem, com calma a gente vai decidir o que será feito nos próximos dias", disse o treinador. Com o elenco atual, os substitutos de Ramires costumam ser Henrique ou Elicarlos, dando a Marquinhos Paraná mais liberdade para auxiliar Wagner na criação. "Eu já estava ciente disso. Desde o começo do ano, alguns jogadores do Cruzeiro vêm sendo sondados. Sempre a gente recebe ligação de empresários, pessoas interessadas em determinados jogadores. Eu sabia que neste momento poderíamos perder jogadores importantes, de qualidade", prosseguiu Uma coisa é arrumar uma solução, outra é conseguir um novo Ramires. Isto não será possível, é bom que o torcedor não se iluda. "É um jogador que tem característica difícil de encontrar. O Ramires marca, joga, chega, é um jogador que joga em várias posições, é um excelente profissional. A gente torce pelo seu sucesso, que seja feliz e nos ajude até o término da Libertadores", prosseguiu Adilson Batista O técnico do Cruzeiro comparou sua situação atual à de Ênio Andrade, técnico do Inter em 1980. Na ocasião, Falcão foi vendido para o Roma, da Itália, e o Colorado acabou perdendo a Libertadores para o Nacional, do Uruguai. "Seria (como) o Ênio Andrade perder o Falcão em 80, quando ele foi embora. Não estou comparando o jogador, a característica é diferente, mas o 'seu Ênio' perdeu o Falcão em véspera de Libertadores", lembrou.