Em fase de renovação, a seleção brasileira masculina de vôlei embarca na próxima quarta-feira para a Europa a fim de disputar amistosos. Comandado pelo técnico Bernardinho, o time jogará seis vezes no Velho Continente até o final do mês: três contra a Alemanha (22, 24 e 25 de maio), uma contra a Espanha (29) e duas contra a França (30 diante do time principal e 31 diante do time B).
O objetivo é dar mais bagagem aos jogadores que disputarão a Liga Mundial 2009, a primeira competição internacional do ano - dentre os medalhistas de prata em Pequim, apenas quatro foram convocados: Giba, Sergio Escadinha, Rodrigão e Murilo.
"Estamos procurando dar uma maior rodagem a esses atletas. Eles têm que se acostumar com a seleção brasileira, a vestir esta camisa e sentir a importância disso. Jogaremos contra grandes equipes e, sem dúvida, será muito importante para nós", afirmou Bernardinho.
A estreia verde-amarela na Liga Mundial está programada para o dia 13 de junho, contra a Polônia, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. No dia seguinte, as seleções voltam a se enfrentar no mesmo local.
Um das novas caras do time, o ponteiro João Paulo acredita que, a partir de agora, o Brasil terá uma cara diferente. "A geração anterior tinha como característica chegar ao auge nas finais da competição. Como esse nosso grupo aqui é mais jovem, acredito que todos vão estar voando já no início da Liga Mundial 2009. Todos querem mostrar trabalho desde cedo e assegurar seu espaço. Por isso, esses amistosos são muito importantes.", afirmou.
Além dos seis confrontos que fará pela Europa, o time brasileiro treina no Centro de Desenvolvimento de Saquarema desde a última semana. Mesmo assim, os atletas sabem que não dá para comparar o trabalho realizado com uma partida.
"A viagem será muito importante para nós. Nos treinamentos, a gente não tem as mesmas dificuldades que encontramos nas partidas. O treino é, às vezes, até mais pesado, já que trabalhamos também a parte física, mas é no jogo que a gente vai sentir a pressão, a adrenalina de não poder errar em certos momentos. O time precisa disso, precisa de "corpo" e são jogos fundamentais para que entremos bem na Liga Mundial", ressalta o levantador Bruno.
Além da evolução tática e técnica da equipe nesses amistosos, os jogadores ainda apontam outro ponto positivo na viagem à Europa: a consolidação do grupo.
"É sempre bom para nossa preparação jogar contra grandes times. Temos um grupo bastante novo, gente que nunca atuou junto e que necessita muito de entrosamento. Além disso, precisamos, cada vez mais, estarmos juntos. Já somos um grupo onde prevalece a amizade. Todos aqui se cobram muito, mas precisamos nos conhecer cada vez mais, sofrer mais juntos para ficarmos cada vez mais fortes juntos", conclui o meio-de-rede Eder.