Fora de campo a diretoria conseguiu a certidão negativa, que é o documento fundamental para a assinatura do contrato de parceria com a Eletrobras. O clube vai receber cerca de R$ 14 milhões por ano, o que poderá ser revertido para a contratação de reforços e para o pagamento da folha salarial. Em troca a estatal poderá estampar a sua marca nos uniformes do time de futebol. O anúncio final do acordo deverá acontecer na próxima semana.
Os cofres do clube, por sinal, serão reforçados com cerca de R$ 750 mil pela participação na Série B, além de um benefício de R$ 600 mil para administrar com despesas de viagens e hospedagens. Os valores foram definidos na noite de quarta-feira numa reunião entre representantes da CBF e da Futebol Brasil Associados (FBA), entidade que representa a maior parte dos clubes envolvidos na competição. Além disso, rebaixado ano passado e membro do Clube dos 13, o Cruzmaltino vai ganhar cerca de 50% dos valores recebidos pelos grandes clubes no Campeonato Brasileiro.
Apesar do reforços financeiro o clube não pensa em contratar reforços para a sequência da temporada. Isso só será feito se algum jogador deixar o grupo no meio da Série B. O departamento de futebol e a comissão técnica entendem que o atual plantel dá para encarar tranquilamente a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro e o projeto é fazer caixa para poder ter contratações mais ousadas para a próxima temporada.
Além disso, o clube quer se precaver para não sofrer um possível desmanche caso o time se destaque neste ano. O dinheiro também poderá ser usado para adquirir atletas que fazem parte do elenco, mas que não pertencem ao clube, como o zagueiro Titi e o lateral esquerdo Ramon, que estão emprestados pelo Internacional até o fim do ano. O Vasco só usará o dinheiro esse ano caso consiga adquirir junto ao Werder Bremen, da Alemanha, os direitos federativos do meia Carlos Alberto, que está cedido por empréstimo até julho.