Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, o reitor da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), Ailton Nazareno Soares, afirmou que "a decisão de acabar com a equipe de vôlei não estava nos planos da universidade". Porém, reforçou que não havia alternativa sem a ajuda de patrocinadores.
"Não estava em nossos planos acabar com o time de vôlei, até porque pegamos uma afeição por esse time de sucesso, pelo grande ser humano que é Giovane. Mas o fim do patrocínio nos desmobilizou, porque não temos como custear sozinhos o orçamento do voleibol", destacou.
Segundo informações da própria universidade, o custo do time de vôlei masculino era de R$ 3 milhões, divididos entre os patrocinadores Tigre e Brasken, a Unisul e a Prefeitura de Joinville.
De acordo com Soares, os problemas já vinham ocorrendo ao longo dos últimos anos. "Podemos revelar que abrimos mão de muita coisa para manter o time, até de permitir que ele se tornasse itinerante, silenciando-nos ao vê-lo identificado para o Brasil com nomes de cidades, primeiro Florianópolis, depois São José e por último Joinville. Mas valeu a pena. A Unisul sente-se honrada pelos dez anos de sucesso no vôlei", destacou, atribuindo o sucesso, que inclui a conquista de uma Superliga, aos "dois heróis olímpicos, Renan e Giovanni, talentos que dão energia à valorização do vôlei".
O reitor fez questão ainda de citar a manutenção dos investimentos em outras modalidades e nos projetos sociais. Além disto, ele explicou que respeita a posição da televisão de não exibir o verdadeiro nome do time de vôlei, mas voltou a criticar tal postura. "Não se pode simplesmente mudar o nome de uma entidade. Imagine, o time é Unisul e decide-se chamá-lo de Joinville. Afinal, somos uma universidade pública", salientou.
Volta - Conforme o diretor de comunicação da Unisul, Laudelino José Sardá, já havia dito à Gazeta Esportiva.Net, Ailton Soares não descartou uma possível volta do time em 2010.
"Podemos retornar com um time de voleibol no próximo ano, desde que haja patrocinadores, pois não podemos, como universidade pública não-estatal, comprometer o nosso tripé - ensino, pesquisa e extensão - e as atividades comunitárias", comentou.