Jogar a repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis em casa era tão essencial para o capitão brasileiro, Francisco Costa, que ele toparia até enfrentar a Suíça de Roger Federer, contanto que fosse em terras nacionais. Definindo-se 'contente' depois que essa vantagem lhe foi concedida no sorteio realizado nesta terça-feira, o selecionador não quis, entretanto, fazer festa a partir da notícia, negando que seu time seja favorito contra o Equador.
Na prática, a possibilidade de receber Federer no confronto a ser realizado entre 18 e 20 do setembro estava descartada desde segunda-feira, quando o Brasil foi apontado como cabeça-de-chave e fugiu, além dos suíços, de outras potências como Sérvia e França. Essa hipótese, ainda assim, foi usada por Chico Costa para explicar a importância de ter o apoio da torcida.
"Desde o confronto na Colômbia merecíamos jogar em casa, porque passamos por tantas dificuldades. A gente sempre quer jogar em casa, seja contra o Equador ou contra a Suíça do Federer. É sempre melhor, e quanto a isso o sorteio foi bom", apontou o capitão, em entrevista na manhã desta terça à GazetaEsportiva.Net.
Apesar da vantagem do fator quadra, Costa assegura que o Brasil terá muito trabalho no embate sul-americano. Assim, discordou que o chaveamento tenha sido o melhor possível embora as outras rivais que os canarinhos poderiam receber, Itália e Chile, tenham, ao contrário dos equatorianos, tenistas no top 100 do ranking de entradas.
"Estou contente, mas o Equador é um adversário duro, os irmãos Lapentti (Nicolás, número 106 do mundo, e Giovanni, 172) são ótimos jogadores de simples e duplas e costumam jogar muito bem na Copa Davis. A Itália, por exemplo, não tem bons resultados, apesar de ter jogadores teoricamente melhores. Eles não se empenham tanto quanto os equatorianos, e o confronto tem tudo para ser equilibrado", explicou.
Para tentar confirmar a supremacia sobre os rivais na competição por equipes - são quatro vitórias e duas derrotas colecionadas até aqui - e retornar ao Grupo Mundial pela primeira vez desde 2003, o comandante de Thomaz Bellucci, André Sá, Marcelo Melo e cia. ainda não tem idéia do piso e do local que serão escolhidos. Ele pretende definir isso em breve junto à Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para só então começar a pensar nos tenistas que entrarão em quadra.