Um acontecimento inusitado marcou o início da venda de ingressos para o clássico rosadino entre Rosario Central e Newell's Old Boys, neste domingo pelo Torneio Clausura do Campeonato Argentino. Funcionários do NOB apareceram nas bilheterias e tiraram proveito da pandemia da gripe suína para provocar o time rival.
Com a mesma polêmica que os clássicos paulistas deste ano por conta da distribuição de ingressos para clássicos, o Rosario destinou apenas 2,8 mil lugares para a torcida do NOB. A atitude irritou o clube visitante, que não deixou a medida passar em branco.
Os bilheteiros no Estádio Colosso do Parque foram ao trabalho utilizando máscaras de proteção às vias respiratórias - as mesmas utilizadas em aeroportos para evitar a disseminação da gripe A. Não que a nova doença ameace a região argentina de Rosario, mas sim uma sátira.
Nas máscras, havia a inscrição "Prevenção antigripe por sina". Explica-se: a 'sina' a que se referem os empregados do NOB é um termo pejorativo contra a torcida do Central, chamada de "sin aliento" (ou 'covardes', em português).
A atitude irritou o presidente do Newell's, Guillermo Llorente, que mandou os funcionários retirarem imediatamente as máscaras. O mandatário fez questão de declarar a uma rádio local que proibia "o uso de qualquer emblema provocador nas bilheterias do clube".
As duas equipes rosarinas têm poucas chances de título no Clausura. O Rosario Central é o mais bem posicionado, no sexto lugar com 18 pontos, mas não está muito longe dos rivais. O NOB tem 15 e ocupa a 11ª colocação em 12 rodadas. O líder é o Vélez Sársfield, com 26.