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Brasileiro dos EUA, Feilhaber prevê família dividida na final

Um carioca torcedor fanático do Botafogo tentará impedir o terceiro título do Brasil na Copa das Confederações: Benny Feilhaber, meia da seleção dos Estados Unidos, preparado para a inusitada final contra sua pátria-mãe. O jogador, que nasceu no Rio de Janeiro e tem ascendência norte-americana, não sabe se terá 100% do apoio de sua própria família. "Eu tenho total certeza de que meu pai e minha mãe vão torcer por mim, pela seleção norte-americana. Mas alguns parentes vão continuar gritando pelo Brasil, imagino", comentou Feilhaber. "É a paixão do futebol, não posso culpá-los", compreendeu, empaticamente, o meio-campista de 24 anos. Feilhaber passou por uma experiência semelhante, e igualmente marcante, há 15 anos. O menino Benny, então com 9 de idade, assistia na casa de parentes no Rio às oitavas de final da Copa do Mundo de 1994. De um lado, o Brasil - com Dunga em campo. Do outro, os Estados Unidos. "Eu me lembro muito bem daquele jogo, especialmente do momento em que o Bebeto marcou o gol da vitória", comentou Feilhaber. "Estava no Brasil, durante as férias escolares, e vi o jogo na casa da minha avó. A família enorme me cercava e todos ficaram loucos quando saiu o gol", recordou, bem-humorado. Independentemente do resultado desta final de domingo entre Brasil e EUA, Feilhaber já deixa a África do Sul feliz. O fato de o adversário ser o país pentacampeão mundial de futebol, porém, deixa Benny Feilhaber mais animado. "Apenas fazer parte da história aqui com a minha seleção e alcançar a nossa primeira final em um torneio tão forte assim já faz tudo ser especial. Mas como o jogo vai ser contra o país onde eu nasci e onde tenho grandes amigos, a emoção será maior", encerrou.