A possibilidade de o atacante Keirrison deixar o futebol brasileiro em direção ao Barcelona na próxima janela de transferências abriu uma discussão: o Palmeiras virou uma ;barriga de aluguel; da Traffic? O Verdão rechaça essa indagação, mesmo admitindo que foi obrigado a abrir mão do artilheiro.
"Barriga de aluguel é um termo forte. Vocês (jornalistas) precisam ter compreensão. O futebol passou por mudanças, acabou a lei do passe, e você não se adapta ao mercado em três, quatro, cinco anos", justificou o gerente de futebol alviverde, Toninho Cecílio, criticando a nova legislação do esporte.
Fragilizado financeiramente, o Palmeiras sonha com a independência. Nos jogadores comprados pela Traffic, o Verdão é obrigado a aceitar a venda ao exterior no momento em que há uma proposta vantajosa. No ano passado, a mesma situação ocorreu com o zagueiro Henrique, também negociado ao Barcelona.
"Estamos vendo as receitas subindo e buscamos o equilíbrio financeiro. Neste período de adaptação, ficamos mais fragilizados. Mas não se pode colocar a culpa em dirigentes. O Palmeiras é muito grande. Queremos o clube com um caixa forte. Assim, poderemos vender nossos atletas a hora que quisermos", reforçou Toninho Cecílio.
Contraponto: Antes de ser demitido do cargo na noite desta sexta-feira, o técnico Wanderley Luxemburgo apresentava opinião totalmente distinta ao representante da direção alviverde. Ele vê com extrema preocupação parcerias como a do Palmeiras com a Traffic.
"Se perguntar o que penso, as parcerias devem ser discutidas. Mas todos os clubes estão quebrados. Junto com a Traffic, tem o Grupo Sondas (parceira prioritária do Internacional), a empresa do outro, do outro, do outro e os clubes ficam com o pires na mão", lamentou o ex-;comandante alviverde.