Os problemas e as dificuldades passaram longe do Estádio Olímpico nesta quarta-feira. Na última rodada do Grupo 7 da Libertadores, o Grêmio garantiu a melhor pontuação da primeira fase da competição ao vencer o Boyacá Chicó por 3 x 0. O resultado também deu ao Tricolor o ataque mais positivo até o momento com 11 gols e a melhor defesa, tendo sofrido sido vazado somente uma vez.
Agora, o Grêmio espera a definição de seu próximo adversário. São quatro as possibilidades, os uruguaios do Defensor é a de maior probabilidade. As outras são os peruanos do Universitario ou do San Maritn, ou ainda os mexicanos do São Luis. Se o oponente está indefinido a certeza é que o jogo de volta de qualquer confronto do Tricolor até a final será no Olímpico.
Para assegurar os melhores números da Libertadores, o time do interino Marcelo Ropside contou com o talento de Souza, autor dos dois primeiros gols. O placar foi complementado com o zagueiro Léo. Outra estrela que brilhou na bela noite porto-alegrense foi a do goleiro Victor, que defendeu um pênalti.
Derrota e desclassificação
O Chicó precisava pontuar diante do Grêmio para avançar de fase. Não foi possível. Com a derrota era preciso torcer para o Universidad do Chile tropeçar diante do Aurora. Também não deu. Os chilenos venceram por 3 x 1 e asseguraram um lugar nas quartas de final.
O jogo
Um minuto e meio. Esse foi o tempo que o Grêmio deu para o Boyacá Chicó atacar. Os colombianos avançaram nos primeiros segundos de jogo, cavaram um escanteio e alçaram duas bolar na área de Victor. Foi só. Com um adversário atuando no 4-5-1, Marcelo Rospide colocou Réver para exercer a função de volante, expediente também usado por Celso Roth.
A mudança deixou o time encorpado, abafando o Chicó. Ruy arriscou de fora para Velázques espalmar, aos 6 minutos. Era o início da supremacia tricolor na partida. Se o dinamismo da equipe era garantido por Réver, que por vezes fechava pela esquerda, desafogando a defesa, e Tcheco, responsável pela transição entre defesa e ataque, quem brilhou foi Souza. Ele foi o dono da bola. Com ela nos pés, definiu a partida em quatro minutos.
O primeiro lance, aos 12 minutos, foi uma pintura, digna de ser emoldura na memória dos gremistas que foram ao Olímpico. Souza progrediu pela esquerda, ao chegar no bico da área, tapeou a bola com a parte externa do pé direito, dando um efeito incrível, pegando o arqueiro colombiano de surpresa e o encobrindo. Um golaço.
Logo depois, o meia apareceu pelo outro lado, após lançamento de Jonas, o camisa 8 emendou para dentro do gol. Com 16 minutos, Souza definia para o Grêmio a vitória e a melhor campanha da primeira fase da Libertadores. Aos jogadores do Chicó restava esperar por um resultado favorável na partida entre Aurora e Universidad do Chile, porque em Porto Alegre não era mais possível.
Se Souza foi preciso, Jonas segue sem ter perícia em seus arremates. Novamente o atacante desperdiçou boa oportunidade ao chutar nas imediações da marca do pênalti sobre o gol. Já o zagueiro Léo foi infalível. Após cobrança de falta de Tcheco e desvio de Réver, ele tocou para as redes ampliando o escore.
Sem qualidade e retrancado, o Chicó ainda tentou a sorte em dois chutes que levaram pouco perigo. No começo do segundo tempo, a situação se inverteu um pouco. O Grêmio diminuiu o ritmo, os colombianos colocaram o meia Giron no lugar do zagueiro Tejera. Passaram a se arriscar mais no campo ofensivo.
A mudança quase rendeu um bom fruto. Aos 6 minutos, Giron sofreu pênalti de Léo. Na cobrança, Caneo marcou, porém, houve invasão assinalada pelo árbitro Jorge Larrionda. Na repetição, Victor se esticou todo e manteve o zero no placar do Chicó.
O lance acendeu a torcida e ligou o time novamente. Mas não era mais preciso forçar. Acelerar era desnecessário. A primeira finalização gremista na segunda etapa ocorreu somente aos 20 minutos, quando Fábio Santos finalizou em cima de Maxi López, que deu de zagueiro, evitando o quarto gol. Mas não fez falta, afinal a melhor campanha da primeira fase da Libertadores já era do Grêmio.