O Comitê Olímpico Internacional (COI) revelou nesta terça-feira (28/4) que foram descobertos sete novos casos de doping, envolvendo seis atletas, durante os Jogos Olímpicos de Pequim. A entidade refez exames para identificar o hormônio sintético CERA, uma evolução do EPO. A substância estimula a produção de glóbulos vermelhos e facilita a oxigenação do sangue.
O COI não divulgou os nomes dos atletas flagrados, nem o esporte em que eles competiram em Pequim. A entidade afirmou que os comitês olímpicos nacionais e os próprios competidores envolvidos já foram notificados.
"Devido ao princípio da presunção de inocência, o COI não vai comentar sobre nenhum caso em particular", disse o comitê, em nota. "As análises dessas amostras após a Olimpíada de Pequim devem mandar uma mensagem clara: esse tipo de trapaça não ficará impune", afirmou Arne Ljungqvist, presidente da comissão médica do COI.
O Comitê Olímpico Internacional reavaliou 948 exames após os Jogos Olímpicos, já que os testes para o CERA e para insulina só tornaram-se disponíveis depois de encerrada a competição.
Enquanto o COI não anuncia os nomes e as punições aos atletas flagrados, os comitês olímpicos nacionais e federações esportivas já podem aplicar punições provisórias aos atletas. Os competidores flagrados serão desclassificados dos Jogos Olímpicos, e podem perder as medalhas que conquistaram no evento.