Domingos falou pela primeira vez na tarde desta segunda-feira sobre a confusão entre ele e o meia Diego Souza no final do jogo do último sábado, em que o Santos bateu o Palmeiras, por 2 x 1, no Palestra Itália, chegando à final do Campeonato Paulista. E devolveu a acusação por ser covarde desafiando o palmeirense para a briga.
Irritado com as palavras do rival, o jogador do Peixe se defendeu. "Quero deixar bem claro: não sou covarde. Não iria brigar com ele no estádio ou no treinamento, pois é onde ganho o meu sustento. Agora, fora de campo levo uma vida normal e não tenho medo de ninguém. Se ele fala que sou tão covarde assim, estou esperando. Fora dos gramados, pode marcar a hora e o lugar que a gente se acerta", intimou.
Indagado sobre o motivo de não ter revidado as agressões, Domingos foi enfático ao responder que não é sua intenção entrar em campo para brigar. "Sou um cara tranqüilo. Para mim, o problema acabou lá. O que estou colocando aqui é que um pai de família não pode ser chamado de covarde. As pessoas precisam entender a maneira que eu jogo", pediu.
"Não sou agressivo, não dou pontapé em ninguém. Sempre procuro jogar firme, respeitando o companheiro e venho fazendo isso desde 2004. Jogo com pegada, vontade e não vou deixar ninguém atrapalhar isso, independentemente de qualquer coisa", completou.
O defensor garantiu ainda que não entrou em campo só para provocar Diego Souza e lembrou que a formação com três zagueiros foi uma situação de jogo treinada pelo técnico Vágner Mancini durante a semana.
"Treinei nos coletivos durante a semana marcando o Paulo Henrique, que seria o Diego Souza. Quem estava aqui viu que eu fazia isso. O Mancini mandou que eu fosse onde ele estivesse. Em nenhum momento, por exemplo, eu disse que era bom de porrada. Só fiz o que o meu treinador pediu, que era marcá-lo individualmente", contou.
Sobre a reação do meia alviverde, Domingos disse não ter feito nada para provocá-lo e que não o viu se estranhando com outros santistas, casos do volante Germano e do meia Madson. O zagueiro aproveitou também para reclamar da sua expulsão.
"Não vi porque estava aquecendo. Estava prestando atenção no futebol dele, já que havia treinado durante a semana, tinha esperança de entrar no jogo. Não vi cotovelada. Fui expulso injustamente. Não toquei nele. Discuti o que é normal do jogo, mas como o Diego já tinha amarelo, era mais fácil ele dar vermelho para os dois", protestou.