O jovem italiano Mario Balotelli foi a grande vítima dos preconceitos que assolam determinados países da Europa. Jogador de ascendência ganesa, o atacante negro da Inter de Milão foi alvo de racismo da torcida da Juventus, no empate por 1 x 1 entre as duas equipes no sábado. Nesta segunda-feira, o presidente nerazurri Massimo Moratti saiu em defesa de seu atleta.
"Se eu estivesse no Estádio, em determinado ponto eu teria saído da minha cadeira para entrar no gramado e ordenar que meus jogadores saíssem da partida", disparou Moratti, em entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport.
O promissor Balotelli, de apenas 18 anos, começou entre os titulares do técnico José Mourinho e marcou o gol que colocou a Inter na frente do marcador. O atacante, contudo, foi sacado de campo no segundo tempo após receber uma falta dura do volante português Tiago, que acabou expulso no lance.
Preservado por Mourinho, Balotelli foi obrigado a ouvir cânticos racistas entoados pela torcida da Velha Senhora no Estádio Olímpico de Turim. "O pior é que os fãs pareciam estar muito orgulhosos de cantar aquelas coisas. Isso é terrível", acrescentou Moratti.
O evento, porém, não causará atritos diplomáticos entre os dois clubes. No domingo, o presidente da Juve, Giovanni Cobolli, fez um pedido formal de desculpas pelo acontecimento. Na terça-feira, a Velha Senhora saberá se receberá algum tipo de punição pelo acontecimento.