Depois de golear por 4 a 1 o Ituiutaba no jogo de ida da semifinal, o Cruzeiro praticamente se garantiu na decisão do Estadual - pode perder por até três gols de diferença neste domingo, no Mineirão. E a diretoria já começa a planejar a final, provavelmente contra o Atlético Mineiro. O alerta é em relação à violência nas arquibancadas.
No clássico da primeira fase, em 15 de fevereiro, um torcedor alvinegro esperava um ônibus horas antes do duelo e morreu baleado. O presidente celeste Zezé Perrella quer fazer de tudo para evitar a repetição de cena e antecipa a preocupação antes mesmo de ver sua equipe se garantir na próxima etapa do Mineiro.
"Nós vimos no último jogo um jovem atleticano morrer. Quero pedir à torcida do Cruzeiro que tenha paz e tranquilidade para não deixar essa rivalidade, muito fomentada nas últimas semanas, explodir. Nossa função como dirigente é ter tranquilidade. Peço para o adversário para que a rivalidade fique somente dentro das quatro linhas", solicitou o mandatário.
Além das preocupações em relação à segurança no Mineirão, o dirigente pretende fazer a sua parte para a paz pedindo o fim das reclamações contra a arbitragem, o que é muito comum depois do tradicional confronto em Minas Gerais. Perrella crê que isso acirra ainda mais os ânimos da torcida.
"Se o Cruzeiro não ganhar o campeonato, a responsabilidade é do Cruzeiro e tem que ser assim. Não adianta tentar transferir essa responsabilidade para terceiros. Isso faz com que o torcedor fique mais inflamado, mais violento", relacionou o presidente. "Vai ganhar o campeonato quem jogar melhor. O campeonato vai ser decidido para aquele time que merecer, não pelo juiz. E o Cruzeiro vai fazer tudo para ganhar", prometeu.