Desempregado há dois meses, Luiz Felipe Scolari aproveitou os últimos para passar a Páscoa com a família, no interior do Rio Grande do Sul. E retorna à sua residência em Londres nesta semana com a mesma situação profissional que desembarcou no Brasil: sem saber onde vai trabalhar.
Comentado como possível substituto de Celso Roth no Grêmio e permanentemente cotado para voltar à seleção portuguesa no lugar do pressionado Carlos Queiroz, o treinador pentacampeão alega ser procurado por diversas equipes. Mas vai esperar o fim da temporada europeia para acertar sua situação.
"A gente tem recebido algumas propostas, sondagens, de países diferentes. Algumas são de equipes que estão em excelente nível, outras de equipes que procuram projetos diferentes", disse o ex-palmeirense, decidido a continuar no futebol europeu - não comanda um time brasileiro desde 2002, quando deixou a seleção depois de conquistar a Copa daquele ano.
Precavido, Felipão quer evitar os problemas que teve antes de assumir o Chelsea. O clube londrino anunciou sua contratação durante a Eurocopa de 2008. Após a divulgação do futuro de seu então comandante, os rubro-verdes perderam dois jogos e foram eliminados. Alguns relacionaram o fracasso do time nacional, antes visto como favorito, à notícia do destino de Scolari.
Desta vez, o brasileiro não quer ouvir estes comentários. E nem mesmo escolher um projeto em que não confiem em seu trabalho, como aconteceu nos Blues - o técnico foi demitido em fevereiro depois de uma sequência de maus resultados, mesmo ainda com chances de conquistar o Campeonato Inglês e a Copa dos Campeões.
"É melhor a gente estudar muito bem e em junho provavelmente decidir qual é a situação que nós vamos escolher. É provável que eu trabalhe a partir de julho, mas a definição só acontece entre o final de maio e o início de junho", previu Felipão, que mora na Europa há seis anos.