O técnico Pedro Santilli terá que se explicar perante o tribunal da Federação Paulista de Futebol (FPF) nos próximos dias. Como já era esperado, o soco que o comandante do Comercial de Ribeirão Preto desferiu no árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi relatado na súmula da partida deste domingo, contra a Catanduvense. A tentativa do treinador em pedir desculpas, porém, passou em branco no documento oficial da Série A-2 do Campeonato Paulista.
Santilli invadiu o gramado da partida em Ribeirão Preto aos 34 minutos do segundo tempo, para pegar uma bola 'extra' no gramado enquanto Danilo, da Catanduvense, se preparava para cobrar um arremesso lateral. Apressado, o ex-auxiliar de Émerson Leão na seleção brasileira empurrou o jogador adversário e foi expulso. Revoltado, retornou ao campo e deu um 'gancho' no árbitro.
Na súmula do jogo, que terminou com a vitória da Catanduvense por 1 x 0 e o rebaixamento do Comercial para a Série A-3 do Paulistão, o juiz relatou o acontecimento da seguinte forma:
"O treinador foi expulso de campo, tendo em vista que já havia sido advertido anteriormente por atitudes inconvenientes. Após a expulsão, o treinador dirigiu-se a mim dentro de campo de jogo questionando o motivo e, quando esclarecido, atingiu-me com um soco no rosto, porém não ocasionando nenhuma lesão e assim não precisei de atendimento médico", contou Flávio Rodrigues de Souza.
Depois da partida, Santilli dirigiu-se aos vestiários dos árbitros para pedir desculpas pela agressão, mas o árbitro da partida se recusou a falar com o treinador. Na súmula, apontou apenas que "não houve nada de anormal" em relação a observações eventuais.
Entretanto, o documento da partida aponta a expulsão de um gandula por se dirigir de maneira desrespeitosa ao goleiro Renato. "Foi expulso aos 83 minutos de jogo o gandula Sr. Carlos Roberto da Costa, por dirigir-se ao goleiro da equipe Grêmio Catanduvense de número 1, Sr. Renato de Oliveira, com as seguintes palavras: 'A bola aqui, seu filho da puta!'", relatou o árbitro.