O Cruzeiro perdeu nesta quarta-feira sua invencibilidade em 2009, e de maneira impressionante. Em La Plata, a Raposa sofreu uma goleada contra o Estudiantes: 4 x 0. Apesar do placar expressivo, a situação da equipe na Taça Libertadores não chega a ser preocupante.
A liderança do Grupo 5 continua sendo do Cruzeiro, que tem dez pontos. O Estudiantes tem nove e é vice-líder. A quinta rodada prossegue na próxima semana, quando o Deportivo Quito recebe o Universitario de Sucre. Em caso de vitória boliviana, Cruzeiro e Estudiantes se garantem nas oitavas.
A última rodada será daqui a duas semanas, no dia 22 de abril, uma quarta-feira. O Cruzeiro recebe o Deportivo Quito, em Belo Horizonte, enquanto o Estudiantes enfrenta o Universitario de Sucre, na Bolívia.
A partida começou com 40 minutos de atraso porque o Cruzeiro, que estava hospedado em Buenos Aires, teve dificuldades na estrada e chegou ao estádio Ciudad de La Plata por volta de 22h (horário local, que é igual ao de Brasília), sendo que o jogo estava previsto para começar às 21h50.
O jogo
Ciente de que o aquecimento celeste tinha sido feito às pressas, o time argentino foi para cima. Até certo ponto, era o que o Cruzeiro queria, pois o time estava preparado para contra-atacar, com três volantes no meio e Ramires e Gerson Magrão prontos para jogar em velocidade. Aos 4 minutos, Gerson Magrão recebeu na esquerda e bateu forte para boa defesa de Andújar.
Contudo, a zaga mineira estava mesmo desligada e a estratégia do Estudiantes funcionou. Fernández foi lançado com a defesa em linha e recebeu livre na área, pela direita. Ele centrou rasteiro e Verón, sem marcação, tocou para o gol vazio, abrindo o placar aos 5 minutos.
O Cruzeiro errava muitos passes e, por isto, tinha dificuldade na saída de bola. Mesmo assim, aos poucos, a equipe crescia na partida, conseguindo chegar à frente, tendo que trabalhar as jogadas com paciência, já que não tinha mais o contra-ataque.
Foi justamente num erro de saída de bola que a Raposa sofreu o segundo gol. Marquinhos Paraná tentou conduzir a bola e foi desarmado por Pérez na própria intermediária e o meia argentino invadiu a área quando a defesa celeste saía para o jogo. Ele tocou para Fernández, que se livrou da marcação de tocou por cima de Fábio, que saiu por baixo. Aos 32 minutos, o Estudiantes fazia 2 a 0.
O Cruzeiro precisava de um gol antes do intervalo para voltar com mais moral no segundo tempo. A jogada aérea era uma boa opção. Aos 38 minutos, Jancarlos levantou bola na área em cobrança de falta e Leonardo Silva cabeceou com consciência, no contrapé, mas Andújar fez grande defesa.
Com isto, a etapa final começou com a boa vantagem argentina. A ideia do Cruzeiro continuava sendo a de fazer um gol rapidamente. Adilson Batista tirou Jonathan, que jogava como lateral esquerdo e deslocou Gerson Magrão para o setor. Bernardo, de 18 anos, veio do banco assumiu a responsabilidade de armar as jogadas.
Com 1 minuto, Thiago Heleno balançou as redes, aproveitando cobrança de falta para dentro da área, mas o lance foi invalidado por impedimento bem marcado pelo auxiliar Miguel Nievas.
Mesmo sem valer, o lance deu ânimo ao Cruzeiro, que passou a ser mais presente no ataque. A Raposa não conseguia encontrar espaços para jogar, e o jogo aéreo se tornava a única opção em campo. Já o Estudiantes passava a jogar no contra-ataque, com a defesa celeste cada vez mais aberta.
Para aproveitar melhor esta situação, o time argentino trocou a dupla de ataque, ganhando mais velocidade. Em cobrança rápida de falta, Verón pegou a defesa distraída e pôs Sánchez Prette na cara do gol. O atacante dominou livre e tocou no canto, sem chances para Fábio.
O gol acabou com o ímpeto do Cruzeiro e o time não encontrou mais seu futebol. Aos 32 minutos, foi a vez de Fabrício errar na saída de bola. Sánchez Prette foi rapidamente acionado, tabelou com Verón e invadiu a área pela esquerda. Ele bateu cruzado marcou o quarto do Estudiantes.
Até o apito final, o jogo se dividia entre a busca desesperada e desordenada pelo gol de honra, quando a bola estava nos pés do Cruzeiro, e gritos de olé da torcida, quanto o Estudiantes trabalhava a posse.