No Gre-Nal dos números centenários, o Inter venceu mais uma vez o maior rival em 2009. No clássico 376, os colorados bateram pela terceira vez seguida o Grêmio por 2 x 1 e avançaram às semifinais da Taça Fábio Koff, maior dirigente da história tricolor e que dá o nome ao segundo turno do Campeonato Gaúcho.
Além disso, o Inter tira o Grêmio da briga pelo título estadual. Campeão do primeiro turno, o clube vermelho comemorou o triunfo do clássico um dia depois de festejar 100 anos de idade, no centésimo Gre-Nal no Beira-Rio.
Foi um clássico para entrar na história dos confrontos da maior rivalidade do Sul do Brasil. Primeiro porque o duelo ocorreu um dia após o Inter completar cem anos de vida. Outro motivo, é o fato deste ter sido o centésimo Gre-Nal no Beira-Rio.
O zagueiro Índio, mais uma vez, foi essencial para o Inter. Foi dele o gol da vitória, aos 32 minutos do segundo tempo, o seu quinto em clássicos. Na primeira metade do jogo, Tcheco, para o Grêmio, e Andrezinho, para o Inter, foram às redes, ambos cobrando pênalti.
No meio da semana, os dois times mudam de foco. O Grêmio enfrenta o Aurora, pela Copa Libertadores da América, na terça-feira. Já o Inter joga na quarta, diante do Guarani, pela segunda fase da Copa do Brasil. Os colorados esperam o jogo entre Ulbra e Inter de Santa Maria, nesta segunda, para conhecerem seus adversários na semifinal da Taça Fábio Koff.
O jogo
Novamente balançando no cargo, Celso Roth tratou de olhar seus alfarrábios. Ao consultá-los, viu que na outra vez em que seu emprego esteve sob perigo, ele utilizou o zagueiro Réver como volante - medida adotada diante do Boyacá Chicó, que salvou sua pele. Ele repetiu a dosa, deslocando Souza para a ala-deireita.
A medida de Roth deixou a disputa em campo equilibrada. O Grêmio não conseguia bons lances ofensivos, mas em contrapartida conteve o veloz ataque colorado. As chances de gol custaram a dar as caras no Beira-Rio. A melhor situação foi de Souza. O camisa 8 arrematou de longe e Lauro espalmou.
A nublada tarde de Porto Alegre começou a esquentar aos 15 minutos de partida: após bate-rebate, Léo caiu na área colorada ao dividir com dois adversários. No lance confuso nada foi marcado.
Logo em seguida, o Grêmio encaixou o primeiro contra-ataque do confronto: Fábio Santos cruzou no segundo pau, mas fora do lance Kléber empurrou Tcheco na área. O árbitro Leonardo Gaciba não teve dúvidas para marcar a penalidade máxima. Tcheco bateu e marcou.
Atrás no placar, o Inter começou a se soltar. Teve que ir ao ataque. Apesar de fazer força, a grande oportunidade para marcar não aparecia. A melhor situação foi uma bola em profundidade lançada para Nilmar, que foi derrubado por Willian Thiego. Novo pênalti assinalado: aos 33 minutos, Andrezinho cobrou, o goleiro Victor chegou a tocar na bola, mas o alivio colorado veio assim que a rede balançou: o gol deixava tudo igual.
Mística do bicampeonato?: O número do segundo tempo foi o 2. O Grêmio deixou de voltar à dianteira no placar por causa da trave. Em cobrança de falta de Souza e em cabeçada de Jonas, a bola duas vezes se encontrou com o poste de Lauro.
Também foram duas as expulsões. Após confusão, Taison, do Inter, e Rafael Marques, do Grêmio, foram avermelhados por Gaciba, depois de iniciarem um empurra-empurra.
No entanto, os atacantes começaram a aparecer para o jogo na etapa complementar com apenas 20 atletas em campo. No lado Tricolor Jonas arriscava bastante, enquanto Nilmar se destacava no Inter.
Se o Grêmio colocou a bola na trave duas vezes, três é maior do que dois. E 3 é o número da camisa de Índio. Novamente o zagueiro colorado foi decisivo em um Gre-Nal. Ele recebeu lançamento e desviou na saída de Victor, aos 32 minutos. O Grêmio tentou volta a igualar tudo, mas Souza finalizou para fora com o gol escancarado. No fim, os números finais favoreceram ao Inter, 2 x 1 no novo placar do Beira-Rio.