Depois de pegar o time em uma situação complicada no Campeonato Paulista e levá-lo ao G-4 do Campeonato Paulista, o técnico Vágner Mancini revelou as dificuldades que teve para fazer com que o Santos jogasse da maneira que gosta, se adaptando ao seu estilo de jogo preferido.
Para o treinador, assim que chegou ao clube, procurou implantar uma nova filosofia de jogo, privilegiando a velocidade, ao contrário do que acontecia com o seu antecessor, Márcio Fernandes. "A grande dificuldade foi mudar o estilo. Antes, o Santos tinha muita cadência, chegava com mais gente ao ataque, só que de forma demorada. Hoje temos mais velocidade. O time é rápido pelos lados de campo. Além de termos um cara de área que fez o gol depois de um jejum", disse.
Segundo Mancini, o tempo para trabalhar a equipe não foi o ideal, mas o necessário para que o Peixe crescesse de produção. "Por mais que eu mostre o desenho (tático) no quadro ou no campo, não dá para tirar o que vocês viram hoje (quinta), em cinco dias. Você precisa de tempo. E agora o nosso time está mais organizado em campo: sabe atacar bem e se defende melhor. Isso demora mais de 40 dias", contou o comandante alvinegro, que está a quase dois meses na Vila Belmiro.
Apesar disso, o técnico santista entende ter encontrado sua melhor escalação no momento, com Madson e Neymar abertos pelas pontas. "Essa formação é a ideal para o momento do Santos. Não podemos jogar de uma maneira muito aguda, no sentido de meio-campo. Muitas vezes no futebol você tem que simplificar, jogando na vertical, desarrumando o seu oponente. Com o Neymar pela esquerda e o Madson pela direita, eu tenho isso, pois eles também fazem com que os alas passem com mais facilidade", analisou.
Além de Madson e Neymar, outro atleta tem sido fundamental para que o Alvinegro Praiano tenha encontrado o seu ponto de equilíbrio: Paulo Henrique Lima. Apesar de ter substituído durante o segundo tempo da vitória contra a Lusa, o meia tem sido constantemente elogiado por Vágner Mancini.
"Se tirasse outro poderiam falar também poderiam me questionar o motivo de eu ter feito isso. A saída dele foi muito mais física do que técnica, porque ele fez um belo jogo. Atuou de forma insinuante, prendeu bem a bola. É verdade que o Paulo não começou bem o jogo, mas nos ajudou muito quando subiu de produção, como vem acontecendo nas últimas partidas", emendou.