Os dias que antecederam o clássico deste sábado (28/03), entre São Paulo e Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, não foram marcados por polêmicas e nem discussões. Pelo contrário. Os dois lados evitaram criar atritos, e os são-paulinos elogiaram o decorrer da preparação dos dois clubes. Depois da calmaria entre os elencos, o goleiro Rogério Ceni expressou seu desejo de a paz ser seguida pelos torcedores.
"O ser humano tem de aprender a lidar com a diferença. Não é possível que cada um não possa vestir a camisa do seu time e ir assistir ao jogo. Tem de vibrar, torcer, brincar ou se lamentar, mas respeitando quem está do seu lado. Tem de ir tranquilo e com calma para que não haja incidente, bomba, briga... Nada mais sensato do que o torcedor ir ao estádio com clima bom e voltar para casa independente de vitória ou derrota", afirmou.
Já o técnico Muricy Ramalho explicou que as polêmicas que geralmente acontecem antes de clássicos não ajudam no trabalho. O treinador, então, valorizou a postura de São Paulo e Palmeiras nesta semana.
"Para nós, não faz a menor diferença ter polêmica ou não, não interfere em nada. É preciso ter respeito, como agora. Isso faz bem para o jogo e para a torcida. Tomara que todos os clássicos sejam assim", afirmou.
Depois de pregar respeito, Muricy lembrou como um fato lamentável o "caso do gás", ocorrido na semifinal do Paulistão do ano passado, no Palestra Itália. O treinador criticou o fato de o assunto já ter sido arquivado pela polícia.
"No Brasil, é normal. Se fosse na Inglaterra, alguém estaria na cadeia. Foi uma coisa lamentável e as pessoas não se deram conta o que aconteceria se eu dissesse ao meu time para não voltar para o campo. Mas voltamos e jogamos do jeito que estávamos. Ninguém foi punido em uma coisa gravíssima, como muitas coisas que acontecem no Brasil. Foi mau exemplo e não puniram ninguém", concluiu.