Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Toyota vai bem, mas se preocupa com degradação de pneus

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Um dos destaques da pré-temporada da Fórmula 1, a Toyota pode não ter provado quão bom é contar com o difusor de dois andares no primeiro treino livre para o Grande Prêmio da Austrália, mas evoluiu no segundo e terminou a sexta-feira como a terceira equipe mais rápida. Entretanto, um problema ainda preocupa os japoneses: a grande degradação dos pneus, especialmente os traseiros. Com o forte calor de Melbourne e a dificuldade para segurar a parte traseira dos carros com as alterações no regulamento técnico da categoria, os pneus vêm sendo mais exigidos que de costume. Assim, somente na primeira hora de testes em Melbourne os compostos de Kazuki Nakajima e Nelsinho Piquet, por exemplo, já estavam praticamente destroçados, o que preocupa a Toyota. "Está muito difícil. Basicamente nenhum dos pneus são certos, porque o super-macio é muito mole e o médio é muito duro", lamentou Jarno Trulli, justamente o piloto que colocou o carro oriental na terceira posição do dia. "Portanto você nunca estará em uma janela correta, e demorará um tempo antes que o pneu médio funcione. Quanto aos moles, depois de apenas três voltas eles se desgastam". Já Timo Glock, que também evoluiu com a Toyota na parte da tarde (horário local) para garantir o sexto lugar no geral, concordou com o companheiro e ainda disse que o problema com os compostos prejudica o equilíbrio do monoposto. "Os slick são delicados. Nossa opção (o macio) é mais fácil, mas para um número maior de voltas é difícil. Assim os principais pneus (médios) parecem melhor para isso, porém até aquecê-los é complicado", disse o alemão, que ainda comentou sobre suas expectativas para o treino classificatório. "Tudo parece realmente apertado. A diferença do primeiro ao décimo colocado é de um segundo, então será difícil. Tomara que possamos resolver esse problema".